Um "cadinho" de mim

São Luís, Maranhão, Brazil
Rita Luna Moraes Assistente Social e Bacharel em Direito. Servidora pública federal aposentada.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Serve para nós, maranhenses: Boaventura de Sousa Santos em Moçambique: a maldição da abundância?


Um artigo excelente do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos que nos faz refletir sobre os usos e desusos dos recursos naturais. Serve para nós, maranhenses, em tempos de grandes descobertas em nosso território. O que nos restará, após a exploração de tamanha abundância?

quarta-feira, 18 de julho de 2012

“São Luís Mais 400 anos sem Lixo”

CAMPANHA CIDADÃ
“Mais 400 anos SEM LIXO”
Chega de lixo nas ruas de São Luís!
Caríssimos,
Sou cidadã, nascida e criada em São Luís e amo minha cidade. Ando muito a pé pelas nossas ruas e estou cansada de ver tanto lixo.
Estou iniciando uma "Campanha Cidadã – São Luís Mais 400 anos sem Lixo" e denunciarei o lixo que se encontra nas ruas. Várias vezes até carros da Prefeitura vivem despejando lixo nas ruas. 
VOU DIVULGAR FOTOS NAS REDES SOCIAIS ATÉ A PREFEITURA ADOTAR PROVIDÊNCIAS. ATÉ QUE OS MORADORES DEIXEM DE SUJAR A CIDADE.
Não sirvo a nenhum partido ou candidato político, mas está tão grave a situação que não podemos nos omitir.
Eu farei a minha parte.
Espero que a Prefeitura faça a sua.
E cada morador, também.
Confio nos amigos e amigas que amam nossa cidade!
Fotografe os lixos, lixinhos e lixões nas ruas perto de sua casa ou de seu trabalho (localizando-os) e envie para os meus endereços eletrônicos:


Se for próximo de algum órgão público, escritório, shopping, clínicas, hospital, comércio etc. tire a foto de modo que apareça o dono ou o vizinho do lixo.
PERGUNTAS AOS MORADORES:
Por que as pessoas não têm lixeiras nas portas de suas casas?
Nem precisa ir longe e não são apenas nos bairros considerados populares ou na periferia. Nos chamados “bairros nobres ou de classe média” (Renascença I e II, Calhau, Ponta D’Areia, Cohafuma, Cohajap, Vinhais, por ex.) poucos são os imóveis que têm lixeiras.
Por que as pessoas colocam seus lixos domésticos na sua porta em dias e horários em que não passa a coleta da Prefeitura?
Por que as pessoas jogam lixo pelas janelas de seus automóveis?
PERGUNTAS À PREFEITURA:
Por que não divulga amplamente nas campanhas publicitárias as rotas de coleta de lixo, com dias e horários pré-determinados? Será que não pode cumprir?
Por que não tem canais gratuitos (0800, twitter, facebook etc) de denúncia para adoção de providências?
Por que não usar a Blitz Urbana para fiscalizar e advertir os moradores que jogam lixo nas ruas?
Por que não cumpre a legislação de Educação Ambiental?
O Código de Posturas do Município não tem regras de punição?
Como vai se estruturar em São Luís a Lei de Resíduos Sólidos?
Como se encontram os processos de desapropriação de terrenos baldios (que servem à especulação imobiliária e à formação de lixões)?
Por que não se faz coletiva seletiva e reciclagem em nossa cidade?
Vou dedicar parte de meu precioso tempo a esta causa.
“São Luís Mais 400 anos sem Lixo”

segunda-feira, 16 de julho de 2012

De repente, classe C


15/07/2012 - 04h35

Tendências/Debates: De repente, classe C

LEANDRO MACHADO
Eu me considerava um rapaz razoavelmente feliz até descobrir que não sou mais pobre e que agora faço parte da classe C.
Com a informação, percebi aos poucos que eu e minha nova classe somos as celebridades do momento. Todo mundo fala de nós e, claro, quer nos atingir de alguma forma.
Há empresas, publicações, planos de marketing e institutos de pesquisa exclusivamente dedicados a investigar as minhas preferências: se gosto de azul ou vermelho, batata ou tomate e se meus filmes favoritos são do Van Damme ou do Steven Seagal.
(Aliás, filmes dublados, por favor! Afinal, eu, como todos os membros da classe C, aparentemente tenho sérias dificuldades para ler com rapidez essas malditas legendas.)
A televisão também estudou minha nova classe e, por isso, mudou seus planos: além do aumento dos programas que relatam crimes bizarros (supostamente gosto disso), as telenovelas agora têm empregadas domésticas como protagonistas, cabeleireiras como musas e até mesmo personagens ricos que moram em bairros mais ou menos como o meu.
A diferença é que nesses bairros, os da novela, não há ônibus que demoram duas horas para passar nem buracos na rua.
Um telejornal famoso até trocou seu antigo apresentador, um homem fino e especialista em vinhos, por um âncora, digamos, mais povão, do tipo que fala alto e gosta de samba. Um sujeito mais parecido comigo, talvez. Deve estar lá para chamar a minha atenção com mais facilidade.
As empresas viram a luz em cima da minha cabeça e decidiram que minha classe é seu novo alvo de consumo. Antes, quando eu era pobre, de certo modo não existia para elas. Quer dizer, talvez existisse, mas não tinha nome nem capital razoável.
De modo que agora elas querem me vender carros, geladeiras de inox, engenhocas eletrônicas, planos de saúde e TV por assinatura. Tudo em parcelas a perder de vista e com redução do IPI.
E as universidades privadas, então, pipocam por São Paulo. Os cursos custam R$ 200 reais ao mês, e isso se eu não quiser pagar menos, estudando à distância.
Assim como toda pasta de dente é a mais recomendada entre os dentistas, essas universidades estão sempre entre as mais indicadas pelo Ministério da Educação, como elas mesmas alardeiam. Se é verdade ou não, quem pode saber?
E se eu não acreditar na educação privada, posso tentar uma universidade pública, evidentemente. Foi o que fiz: passei numa federal, fiz a matrícula e agora estou em greve porque o campus cai aos pedaços. Não tenho nem sala de aula.
Não que eu não esteja feliz com meu novo status de consumidor, não deve ser isso. (Agora mesmo escrevo em um notebook, minha TV tem cem canais de esporte e minha mãe prepara a comida num fogão novo; se isso não for felicidade, do que se trata, então?)
O problema é que me esforço, juro, mas o ceticismo ainda é minha perdição: levo 2h30 para chegar ao trabalho porque o trem quebra todos os dias, meu plano de saúde não cobre minha doença no intestino e morro de medo das enchentes do bairro.
Ou seja, ao mesmo tempo em que todos querem me atingir por meu razoável poder de consumo, passo por perrengues do século passado. Eu e mais de 30 milhões de pessoas --não somos pobres, mas classe C.
Deixa eu terminar por aqui o texto, porque daqui a pouco vão me chamar de chato ou, pior, de comunista. Logo eu, que só li Marx na versão resumida em quadrinhos. Fazer o quê, se eu gosto é de autoajuda?
LEANDRO MACHADO, 23, é estudante de letras na Universidade Federal de São Paulo, mora em Ferraz de Vasconcelos (SP) e escreve no blog Mural, da Folha

Manoel de Barros ao som de "Tocando em Frente"

sábado, 14 de julho de 2012

Iluminados, Desesperar Jamais - Ivan Lins / Vitor Martins

Para Promotor, Estado é infrator no atendimento a adolescente infrator - ECA: 22 anos de lutas!

O Promotor e Professor Márcio Thadeu (de quem tive a honra de ser aluna) sempre com a lucidez em seu mister. Há muito a fazer para efetivar a proteção às crianças e adolescentes. E não creio que seja com show de Ivete Sangalo no encerramento da Conferência Nacional de Crianças e Adolescentes... nesta mesma em que a Presidenta Dilma desancou o PIB como medida de avanço do país. Se a medida, como disse a Presidenta, é o quanto protegemos nossos meninos e meninas, estamos bem pequenininhos... com perdão do trocadilho.


http://www.jornalpequeno.com.br/2012/7/14/para-promotor-estado-e-infrator-no-atendimento-a-adolescente-infrator-203937.htm

domingo, 8 de julho de 2012

Carlos Drummond de Andrade, em 'Amar se Aprende Amando'

‎"O tempo passa? Não passa 
no abismo do coração. 
Lá dentro, perdura a graça 
do amor, florindo em canção. 

O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.

Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.

O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.

São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer toda a hora.

E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama
escutou o apelo da eternidade."

Carlos Drummond de Andrade, em 'Amar se Aprende Amando'