Um "cadinho" de mim

São Luís, Maranhão, Brazil
Rita Luna Moraes Assistente Social e Bacharel em Direito. Servidora pública federal aposentada.

sábado, 26 de março de 2011

Amigos que valem mais que aniversários: a eles se igualam, pois celebram a vida!

Carta a minha amiga Cristiane
Querida Cris,

Na semana em que fiz aniversário, celebro os amigos. E te escolhi para homenageá-los. Tu que és minha amiga querida pra toda a vida (esta e as outras que virão, como crês). Que me conheces sem que eu diga muito. Que me dizes o que preciso ouvir, no momento certo, sem que eu pergunte. Amigos são assim: os irmãos com que a vida nos brinda. No dia de meu aniversário, escrevi no mural de meu facebook que “A vida vale a pena, especialmente, porque temos amigos. Agradeço por todos os amigos que me honram com suas amizades.” Este é o meu sentimento mais sincero, hoje.
Fizeste-me uma agradável surpresa: um abraço, ao vivo e a cores. Mesmo com tua faringite. Adorei o cartão[1]: os dizeres são maravilhosos e apropriados e sei que escolheste com tua sensibilidade. Os chocolates, sem palavras. Vou dividir com minha mãe, neste domingo. O cartão virtual que recebi de meus amigos e colegas de trabalho foi, também, encantador e carinhoso. Gosto, imensamente, além das mensagens, da boa sensação de que alguém parou para oferecer “palavras de carinho” ao outro, em um mundo tão apressado e individualista...
Desnecessário dizer-te como estou: bem sabes! E me conheces tanto que, ao me veres, disseste: “estás bem, embora não estejas”. Eu só tive que concordar... Sou muito transparente.
Tenho fotos de Ana Luísa (tua bonequinha) espalhadas pelo apartamento em que moro. Faz-me companhia: com ela sempre sorrio e crianças me renovam as esperanças em um mundo melhor.
Minha mãe logo cedo me telefonou parabenizando-me. Disse-lhe que ia mais tarde a casa dela e acabei não indo. Fiquei quieta, no apartamento, “curtindo” meu dia. Há muitos anos, não ficava sozinha no dia de meu aniversário. Sempre estava com alguém, mesmo que me isolasse. Nunca fui ligada em comemorar meu aniversário. Às vezes, é bom esse “retiro”. Serve para repensar a vida. A “quietude” que me acompanha não me assusta: encontro-me comigo mesma e, ultimamente, tenho me surpreendido com o que encontro em mim...
Kaká me telefonou, também, logo cedo e com toda a energia que tem, desejou-me o que de melhor há pra se desejar: saúde e luz em meu caminho! E, como eu ainda estava dormindo, depois me ligaria de novo. Como o fez, ao meio-dia, perguntando-me o que me daria de presente, pois queria me dar algo de que eu precisasse. Perguntou-me se eu estava precisando de algum livro, por conta da Faculdade. Disse-lhe que não precisava se preocupar com presente, porque ela já me dá muitos presentes, sendo presente em minha vida, como grande amiga que sempre foi e continuará sendo. E ainda cuidando de Bob e Yan (nossos cães), que ficaram em casa com ela.
O telefonema de Jisselda, ao qual não atendi, porque ainda dormia. (Meus amigos, às vezes, se esquecem de que não acordo com as galinhas, pois, durmo como as corujas...). Reencontrei-a, sexta, à tarde no Conselho de Assistentes Sociais e recebi um abraço forte, amigo e maravilhoso.
D. Maria, que cuida de mim há 16 anos e que anda adoentada, ligou-me, também, desejando tudo de bom na vida. É como minha segunda mãe.
Minha amiga Thyssia telefonou em seguida, chamando-me de Ritinha. (pouquíssimas pessoas me chamam assim, sem que eu me importe...)
Recebi, ainda, as mensagens, via celular, de Debora, uma amiga recente, querendo saber “onde ia ser a festa” e de Vitória[2], uma amiga antiga de trabalho, que, católica praticante, desejou-me saúde para usufruir os momentos que Deus reservou pra mim.
Fiquei triste com a morte da atriz Liz Taylor: pelo que foi com seus personagens antológicos em “Assim caminha a Humanidade” e “Cleópatra”, mas também, por ter encabeçado as primeiras lutas em defesa de pesquisas contra a AIDS, motivada pela perda de seu grande Rock Hudson. (À noite, brindamos em sua memória!)
Almocei e jantei em casa e assisti o DVD do Andrea Bocelli (já perdi a conta de quantas vezes o vi...) - mais cedo, postei no blogue o link de uma das músicas de que mais gosto na vida: Canto Della Terra, interpretada por Bocelli e Sarah Brigthman, no concerto na Toscana. Ouvi, ainda, CDs da Nina Simone, incluída, com sua voz rouca a bela Ne me Quitte Pas, outra de minhas preferidas. Ou seja, estive o dia todo em boa companhia, embora sozinha.
Mais tarde, assisti pela TV Justiça, à votação da Lei da Ficha Limpa pelos ministros do Supremo Tribunal Federal. Como só me interessava o voto de “desempate” do novo Ministro Luiz Fux e este decidiu pela não aplicabilidade da lei nas eleições de 2010, depois voltei a dormir, refletindo que se tal decisão houvesse sido fechada ainda em 2010, Dr. Jackson Lago não teria feito sua campanha com essa espada sobre sua cabeça! E, quem sabe, o resultado não fosse outro... Vá saber!
Então, dormi de novo e recebi, neste intervalo, 2 ligações, que, claro, dormindo, não atendi: de minha irmã, que deixou uma mensagem linda e carinhosa e de uma grande amiga, que me surpreendeu, agradavelmente, com sua ligação e, depois, como não atendi, felicitou-me por e-mail, mesmo (meio, aliás, de nossas mais constantes conversas). Falamo-nos tanto “virtualmente”, que, às vezes, nem sei o que dizer ao telefone (meio de que não gosto muito): de todos os meios, prefiro falar olhando nos olhos das pessoas.
Lucília, minha amiga e comadre me ligou, como sempre, brincando, perguntando onde eu comemoraria os 50 anos. Aproveitei para marcar com ela a nossa festa ano que vem: meus 50 anos e os 21 de Sofia (minha afilhada, com quem também falei, de novo), que faz aniversário 1 dia antes. Parece que foi ontem! É muito bom ter o que recordar: sinal explícito de que vivi!
E assim, foi que reencontrei amigos queridos no Bar Por Acaso, com quem celebrei mais um ano de vida (parafraseando minha mãe: “bem vivido”): Gilberto, Jordana, Thyssia e Bento (fofo), Socorro, Debora, Emília e Cláudio. Todos queridíssimos! Conversamos e brindamos. Meu amigo-sobrinho Johnny mandou-me uma mensagem, desculpando-se e, antes, conseguimos nos falar meu sobrinho Yuri e eu (ele aniversaria um dia antes, junto com Sofia).
Uma noite muito agradável. Simples (como eu) e grandiosa (como meus amigos). E com uma flor branca para simbolizar paz, luz e amizade, que ganhei no bar de meu querido amigo Gilberto.

Celebro a vida de todos os meus amigos: dos que aqui nominei e dos que, embora não nos tenhamos falado, estão, como todos, guardados em meu coração.

Um abraço carinhoso,

Rita Moraes




[1] Meu amigo-irmão Cassas, certa feita, disse-me o quanto gosta de cartões. Um prazer compartilhado igualmente por mim. Somos, com certeza, de outra época. (Gostei do teu telefonema de “parabéns”).

[2] Desde a época do Hospital Materno Infantil, no qual trabalhamos e desde meados de 2009 nos reencontramos e trabalhamos juntas, de novo. Hoje, sou assistente dela!



HOJE - 26.03. - A HORA DO PLANETA DESLIGUE AS LUZES !!!

As luzes em mais de 130 países e pelo menos 98 cidades brasileiras serão apagadas entre 20h30 e 21h30 deste sábado (26).
A chamada Hora do Planeta (ou Earth Hour), maior evento do tipo no mundo, pretende chamar a atenção para as mudanças climáticas, o aquecimento global e a economia de energia.
Neste ano, o primeiro minuto do evento será dedicado, em silêncio, às vítimas do terremoto e do tsunami no Japão, e às vítimas das enchentes no Brasil.
Na última edição, o ato simbólico proposto anualmente pela ONG WWF mobilizou mais de um bilhão de pessoas em 4.700 cidades. Desta vez, o movimento, que já apagou a Torre Eiffel, a London Eye, a Fontana de Trevi e o Empire State  e outros cerca de 1.370 ícones mundiais, deverá ter participação recorde, segundo cálculos da entidade.
No Brasil, mais de 1.500 empresas e organizações aderiram oficialmente ao movimento. Dezoito capitais - Aracaju (SE), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Natal (RN), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES)-também vão apagar as luzes. Fonte: http://www.folhaonline.com.br/

Vídeo Oficial da Hora do Planeta 2011

sábado, 19 de março de 2011

PARE ANGRA III - EU ASSINEI a Carta à Presidenta Dilma - ASSINE VOCÊ TAMBÉM!

Na seção CLIQUE do blogue acesse o endereço do GREENPEACE e assine a Petição Eletrônica


--------- Mensagem encaminhada ----------
From: "Rita de Cássia Luna Moraes" <ritalunamoraes@gmail.com>
To: Dilma Rousseff <presidencia@planalto.gov.br>

Date: Fri, 18 Mar 2011 11:53:38 -0300
Subject: Pare Angra III


Exma. Senhora Presidente Dilma Rousseff

À custa do sofrimento e angústia de milhares de japoneses, o mundo parece
ter finalmente acordado para os perigos da energia nuclear. Rússia, Bélgica,
Suíça e Estados Unidos estão repensando seus projetos nucleares. China e
Alemanha suspenderam os investimentos em novas usinas. Até Hugo Chavez anda
repensando seus projetos nucleares.

Como a senhora pode ver, presidente Dilma, o Brasil deve seguir o mesmo
caminho e interromper a construção de Angra III. Desse modo, nos colacaremos
em ótima companhia, aquela dos países em que seus líderes entenderam o
recado do acidente do Japão.

Nuclear não representa riscos apenas em situações extremas, como o terremoto
de alta magnitude no Japão. As usinas nucleares estão suscetíveis a inúmeros
e diferentes tipos de acidentes, na geração, no transporte do combustível
para as usinas e no descarte do lixo radioativo.

O investimento não compensa. Angra I e II passam por desligamentos
frequentes, só representam 2% da energia brasileira e custaram mais de R$ 20
bilhões ao cofres públicos. Angra III nem começou a ser construída e já
custou mais de R$ 1,5 bilhão em equipamentos. Para ser concluída, precisará
de mais R$ 9 bilhões. Sua tecnologia é ultrapassada, a geografia da região é
instável e populosa e não há plano eficiente de evacuação.

O Brasil é o país com um dos maiores potenciais de geração de energia limpa
e segura do mundo, já que as renováveis podem dar conta do recado e atender
a 93% de toda a demanda nacional. Definitivamente, não precisamos de energia
nuclear.

Presidente, interromper o projeto de construção de Angra III e não colocar
minha vida em risco é uma questão de escolha. Apelo para que a senhora faca
o país rumar na direção das energias limpas e seguras como a solar e a
eólica.

Pare Angra III.



Vale conferir: JORNAL "VIAS DE FATO" março 2011 *** JÁ NAS BANCAS !!!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Campanha por cidadania das travestis é lançada na OAB/MA

A Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA, a Defensoria Pública do Estado, a Secretaria Estadual da Mulher e demais entidades da sociedade civil fizeram o lançamento, ontem (16/03), no Plenário da Seccional, da campanha O Nome que Eu Sou, pelo direito de adequação do nome das travestis à sua identidade de gênero.
http://www.oabma.org.br/_files/gallery/Foto http://www.oabma.org.br/_files/gallery/FotoA Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA, o Núcleo de Proteção da Mulher e População LGBT da Defensoria Pública do Estado do Maranhão, a Secretaria Estadual da Mulher e demais entidades da sociedade civil fizeram o lançamento, ontem (16/03), no Plenário da Seccional, da campanha O Nome que Eu Sou, pelo direito de adequação do nome das travestis à sua identidade de gênero.
O evento transformou-se em oportunidade para debater os principais problemas que afetam os travestis, um dos segmentos sociais alvos de sistemática violência e de preconceitos. O vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Rafael Silva, chamou de “questão imediata” o direito das travestis de serem reconhecidas pela sua identidade. Ele considerou que é preciso mudar a maneira como elas são tratadas, sofrendo violência cotidiana. A advogada Silvana Reis, da Defensoria Pública e do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente, Marcos Passerine, enfatizou: “O Direito, ao ser concebido, foi idealizado para ser adequado às necessidades da sociedade, para estar a serviço da sociedade”.
ESTADO LAICO - O presidente da OAB/MA, Mário Macieira, fez questão de participar do evento e deixar sua contribuição. Após ressaltar o orgulho, enquanto presidente da Seccional, pela atuação da Comissão de Direitos Humanos, com alguns de seus membros enfrentando situações de risco, Macieira mencionou: “a OAB agora está em defesa de uma causa muito justa, a luta pelo direito a um nome fiel à própria identidade que o ser humano traz consigo”. Exaltando a dignidade humana como um dos princípios fundamentais da Constituição, o presidente da OAB concluiu: “O Estado é laico. Todo cidadão e toda cidadã têm o direito de receber tratamento igual, sem nenhuma forma de exclusão”. E anunciou que vai submeter ao Conselho Seccional da Ordem dos Advogados no Maranhão, a criação da Comissão pela Defesa da Diversidade Sexual.
Diversos representantes de órgãos governamentais e não governamentais participaram do lançamento, como o Conselho Estadual de Educação, a Secretaria de Direitos Humanos, o Conselho Estadual da Mulher, o Grupo Gayvota, Grupo LEMA (Lésbicas do Estado do Maranhão) e até um representante de grupo religioso, o reverendo Fabiano Gois, da Igreja Anglicana, que lamentou a ausência de mais igrejas cristãs: “O próprio Cristianismo já sofreu preconceitos e perseguições.” A secretária estadual da Mulher, Catarina Bacelar, elogiou a OAB pela iniciativa da campanha: “não há mês melhor para este evento do que o mês da mulher”. Ela informou sobre as principais ações desenvolvidas pelo órgão em relação à ampliação do apoio às travestis, que “mais sofrem violência dentro do segmento LGBT”. “Antes de conquistarem direitos, vocês precisam ser reconhecidas como vocês são”, afirmou.
A líder do movimento das travestis, Babalu Rosa, pediu que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário sejam sensíveis ao julgamento das ações ingressadas e nas reivindicações das travestis. “Não no nos deixem de fora da inclusão social. Nós queremos viver nossa cidadania”, declarou.   A campanha ganhou ainda dois incentivadores de peso: o cartunista Laerte, talento reconhecido em todo o País, que gentilmente elaborou e cedeu a arte do material de divulgação à Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA e o deputado federal, Jean Willys, ex-Big Brother, que mandou uma mensagem de apoio ao movimento.

Entidades que participam da Campanha O NOME QUE SOU:
Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA
Secretaria Estadual de Direitos Humanos e Cidadania – SEDIHC/MA
Secretaria Estadual da Mulher – SEMU/MA
Núcleo de Defesa da Mulher e População LGBT da DPE/MA
Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos – CEDDH/MA
Sociedade Maranhense de Direitos Humanos - SMDH
Grupo SOLIDÁRIO LILÁS
Grupo GAYVOTA
Centro DRAG
Grupo LEMA
Grupo Identidade LGBT de Bacabal
ABGLT
Articulação Nacional das Transgêneros – ANTRA
Centro pela Justiça e o Direito Internacional - CEJIL Brasil
BEMFAM/MA
Centro de Defesa Pe. Marcos Passerini - CDMP
Grupo de Estudos de Gênero e Identidade – GENI/UFMA
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades – NIGS/UFSC
Programa de Assessoria Jurídica Popular – PAJUP/UNDB
Núcleo de Assessoria Jurídica Popular – NAJUP Negro Cosme/UFMA
Assembléia Nacional de Estudantes Livre (ANEL)

http://www.oabma.org.br/_files/gallery/Foto

quarta-feira, 16 de março de 2011

O perigo nuclear também mora aqui: GREENPEACE BRASIL promove debate nesta quarta

Não bastou o terremoto. Não bastou o tsunami. Veio o acidente nuclear para piorar a situação no Japão.  Nossas angústias permanecem com o povo japonês, que agora, além de ter que recompor o país, precisa lidar com uma crise causada pelos riscos inerentes das usinas nucleares.
Antes de tudo, queremos mandar nosso mais profundo sentimento de solidariedade a todos os japoneses e seus familiares.
Há quase 40 anos, o Greenpeace alerta o mundo sobre os perigos da energia nuclear. Olhando o desastre no Japão, fica claro que ao grau de devastação das forças da natureza  junta-se agora à tragédia nuclear, fruto da imprevidência e da aposta num tipo de energia cuja essência é a destruição.  
Ela também está perto de nós, aqui no Brasil.
As usinas Angra I e II passam frequentemente por pequenos acidentes. Elas estão em terreno arenoso, próximas ao oceano e entre as duas maiores cidades do país. Qual é o plano do Brasil para evacuar as pessoas que moram próximas dessas usinas, como fez o Japão?
Por que nossas usinas nucleares não são tão seguras como dizem as empreiteiras e o governo e por que investir nelas quando há outras formas de geração mais baratas, limpas e infinitamente menos ameaçadoras?  Para esclarecer todos os riscos da energia nuclear e quais são os tipos de energia mais seguros para o Brasil, convidamos você a participar de um bate-papo online com Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de energia do Greenpeace.

O chat (bate papo) acontece nesta quarta-feira, dia 16, das 16h às 17h, horário de Brasília, acessando http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Multimidia/chat/?utm_source=Virtual+Target&utm_medium=email&utm_content=&utm_campaign=Boletim+16+03+2011&utm_term=ritalunamoraes@gmail.com         

Fonte: Greenpeace Brasil http://www.greenpeace.org.br/

sexta-feira, 11 de março de 2011

Carnaval, Mulher, Homossexuais, Facebook e Cinema

Dias de Carnaval, em nosso país, são pródigos de exuberantes exemplos de transfigurações.  Os “brincantes” valem-se da concessão que lhe faz a sociedade para se exporem em fantasias que, no dia a dia, não vestem. As mais comuns são as de “homens” travestidos de “mulher”. Todos nós achamos graça, toleramos e até incentivamos. Claro, passa como uma caricatura da nossa “ambigüidade ontológica”!  Ou ainda a “diversidade” do ser que negamos!
No ano em que o Dia Internacional da Mulher – 8 de março – foi a terça-feira gorda de Carnaval, melhor ainda para, além da brincadeira, pensarmos em que “carnaval” transformamos a vida de mulheres e homossexuais. Recomendo a leitura e a reflexão a partir de 2 artigos que li nestes dias:
1. O texto apropriado da companheira de lutas Mary Ferreira (Professora UFMA) “As mulheres e o poder: reflexões para pensar o 8 de março - Dia Internacional da Mulher”, publicado no Jornal O Imparcial do dia 08.03., no qual destaca os avanços e desafios das mulheres neste centenário de celebrações do Dia Internacional da Mulher.

2.  A matéria de capa da Revista Época (07.03.11), acessível em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI216156-15228,00 AMOR+E+ODIO+AOS+GAYS+TRECHO.html cuja pergunta intrigante devemos nos fazer todos:
“No Carnaval, o Brasil aceita, imita e consagra os homossexuais. Por que, no resto do ano, há tanta violência contra eles?
Estima-se que no ano passado o Brasil teve 252 assassinatos motivados por ódio aos homossexuais (Fonte: Revista Época)
O que há de comum entre Carnaval, Mulher e Homossexuais, além das caricaturas? Infelizmente, uma trágica marca: a intolerável violência, em todas as suas dimensões. Basta conferir o pouco do que nos mostram as estatísticas.

Merece destaque a inauguração, no dia 02.03.11, na Defensoria Pública do Estado, do Núcleo Especializado da Mulher e LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), atendimento de defensores públicos em defesa dos direitos de mulheres e comunidade homossexual em nosso Estado, em funcionamento na sede do órgão, na Praia Grande.

Li ainda na Revista Istoé (02.03.11) que o menor município do Brasil, Borá – SP é, proporcionalmente, a cidade do mundo que mais tem gente no Facebook, a rede social que mais cresce e mais fascina. Sua população quase toda (93%) está lá e não mais na praça conversando. A tecnologia que aproxima, também distancia as pessoas. Quantos de nós ainda nos expomos “ao vivo e a cores”, sem alegorias? Detalhe: tenho Facebook, mas prefiro um bom “olho no olho”.

No momento em que “Bruna Surfistinha”, filme nacional, leva milhares de expectadores aos cinemas em todo o país, celebro a reabertura do Cine Praia Grande, na noite memorável de ontem, em que convidados da cena cultural maranhense, prestigiaram a avant-première do filme de Coppola, “Tetro”. Maravilhosos, o cinema e o filme! Há tempos não via, na tela grande, um “preto e branco”. Sensível, contundente, poético e atualíssimo. Afinal, família é família, só mudamos o endereço. Recomendadíssimo! Detalhe: Não assisti, ainda, “Bruna Surfistinha”, mas já li há anos, quando do seu lançamento, o livro que o inspira “O doce veneno do escorpião”. 

Assistir e ler um pouco de tudo, faz-nos “conectados” com nosso mundo real.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Vamos abraçar o Cine Praia Grande: reinauguração dia 10 de março

Na quinta-feira, após o Carnaval, dia 10 de março, o Cine Praia Grande, no Centro Cultural Odylo Costa, filho, reabrirá com a exibição de TETRO, de Francis Ford Coppola.
Em nova fase, o Cinema, sob a administração da produtora e distribuidora Lume Filmes (link neste blogue em CLIQUE), estará totalmente repaginado, pintura, layout, nova projeção e novo ar condicionado central, além de sinalização e, principalmente, muito filme bom na programação. É o que garante Frederico Machado, da Lume Filmes e a conferir no dia 10 e seguintes.
Vida longa à nova fase. Devemos "abraçar" nosso Cinema, pois permite, a preços justos, que se assista a filmes que, dificilmente, passam no circuito comercial dos Shoppings.
Se estivermos sempre presentes, manteremos acesa a chama do cinema de arte.
Claro, que temos que reivindicar das autoridades as melhores condições de infraestrutura em toda a área do Reviver: iluminação, segurança, limpeza e atividade cultural ampla, não somente para os turistas, mas, principalmente, para nós que amamos nossa "quatrocentona" cidade.
O filme seguinte será Coco Chanel e Igor Stravinsk.

São Luís - Resgatando velhos conceitos para o futuro da cidade - Arquiteto Diogo Pires Ferreira

terça-feira, 1 de março de 2011

A letra da Poesia de Gullar -"Traduzir-se"

O cantor Fagner, já há algum tempo, musicou e gravou a bela poesia de Ferreira Gullar: "Traduzir-se"

A maravilhosa Adriana Calcanhotto, que recentemente fez um ótimo show em nossa terra, gravou-a em interpretação memorável, cujo link está no blogue para apreciação.

Segue a Poesia, nessa nossa incessante busca pela melhor "tradução".

Traduzir-se

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.


Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.


Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.


Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.


Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.


Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.


Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?

O poema de Gullar "Traduzir-se" na voz de Adriana Calcanhotto em conceito antropológico

Ferreira Gullar em entrevista

O poeta e escritor maranhense Ferreira Gullar esteve no Programa Roda Viva, da TV Cultura, reprisado na TV Brasil, neste 28 de fevereiro,  falando de poesia, política, arte, esquizofrenia e perdas.
Como num documentário, o poeta discorre sobre seus 80 anos de vida e os 30 anos do célebre “Poema Sujo”, ambos completados ano passado.
Muito cedo de minha juventude, li seu livro “Toda Poesia”, no qual, além de “Poema Sujo”, consta boa parte de seus primeiros poemas.
Encerra a entrevista com a leitura de um poema feito ao caminhar da praia de Copacabana, lembrando do filho morto. Comovente!
Embora tenha minha humilde restrição quanto ao seu posicionamento político face à realidade maranhense, reconheço o imenso valor de sua obra poética e literária, capaz de torná-lo um de nossos grandes nomes. Vale a pena conferir!
O link para a entrevista: http://www.tvcultura.com.br/rodaviva/