Café e Cerveja com
Rita – 01/2020
30 de novembro de 2020
Aqueles que me conhecem, sabem
que gosto de café e de cerveja. E de conversar. E de escrever. Necessariamente fora de qualquer ordem.
Assim, resolvi, por diversos
motivos, retomar esses prazeres, de modo mais frequente. Sim, porque, para mim,
tem que ter prazer no que se faz. Mesmo nas adversidades.
O tempo, este Senhor Rei, me
ensinou que serenidade, radicalidade e prazer devem andar juntos. Para alguns,
pode parecer contraditório: mas não é! Serenidade, para ouvir, ver e refletir
sobre todas as expressões; radicalidade nos valores e propósitos e prazer,
porque sem amor pelo que se vive não vale a pena viver.
Retomo, hoje, neste 30 de
novembro de 2020, não por acaso. Vivemos, no país, mais um daqueles momentos a
nos desafiar, a todos nós, os seres de boa vontade, das causas coletivas e da
luta por transformação social. Não podemos nos acomodar diante do
aprofundamento das desigualdades sociais.
É com este horizonte que chamo todos os que quiserem a tomar café e/ou cerveja e conversar. Os companheiros e companheiras
de ontem, os mais velhos, da minha geração; aqueles que me serviram/servem de
referência e os mais novos, que se dispuserem a conversar e trocar.
Dois lugares são bons, para mim,
para reflexões e definição de ações práticas: ambos, em um mesmo símbolo de
partilha – a mesa: de café e de bar. Com alguns, vamos de café; com outros,
de cerveja. Mas, com todos, a mesma disposição para ouvir, falar, propor, agir.
Aqui estou. E convido você.
Algumas vezes, pelas medidas de
prevenção, ainda será mesmo virtual. Tão logo seja aceitável, vamos nos
encontrar, ao vivo e em cores para um café, quem for de café e para uma(s)
cerveja(s), quem for de beber. Ou ambos.
Em tempos de mensagens instantâneas,
considero escrever e conversar a partir de textos para cada formato de
comunicação. Pretendo dividir o que já aprendi, o que leio, o que vejo, as
análises e reflexões que considero importantes e assim trilhar um caminho que
possamos seguir.
Um aviso: não faço debates
públicos sobre questões sensíveis. Autocríticas e críticas às ações de diversos
atores sociais, reservo para os espaços próprios. E basta uma pesquisa nos meus
perfis para saber como me comporto. Manifestar posição política crítica faz
parte da atuação da cidadania pela qual tanto lutaram nossas referências
históricas. Mas não a qualquer preço, nem para ganhar curtidas.
As redes sociais, que tanto nos
ajudam a conhecer pessoas, estudos e práticas, também servem, se mal
conduzidas, para desagregar e desmotivar tantos que, desconhecendo todos os
fundamentos das mensagens, permanecem na superfície da realidade e tomando como verdade aquela mensagem que lhe apareceu.
Segundo aviso: vamos tomar esse
café ou essa(s) cervejas quando possível. Não esperem café só pela manhã e
cerveja só pela noite (ainda que sejam mais habituais). Ou seja, pode aparecer
motivo para conversar, a qualquer hora. Sem tempo marcado. Ou obrigação de
postar e sentar.
Segue a vida. E bela. E complexa.
E desafiadora. Sigamos nós nela. Cá estamos!