Um "cadinho" de mim

São Luís, Maranhão, Brazil
Rita Luna Moraes Assistente Social e Bacharel em Direito. Servidora pública federal aposentada.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

"Lá vem o Joãozinho com essa esperança quase insuportável!”

Esta, a síntese de Joãozinho Ribeiro. Na lavra de Zeca Baleiro. Compartilhado com seu público, em show memorável, neste final de novembro, no templo de nossa arte, o Teatro Arthur Azevedo, em São Luís do Maranhão.
Que alimento para a alma aquelas horas especiais! Saí com o coração na mão e a certeza de que a poesia faz do ser humano que é Joãozinho Ribeiro, um iluminado.
Produção impecável fez pano de fundo para a poesia candente e contundente deste maranhense, do quilate de um Paulinho da Viola, de quem me recordei por inúmeras vezes ao longo do show.
Seus versos nos falam de nossa terra e de nossa gente, como poucos conseguem traduzí-las. No quilate do seu parceiro Cesar Teixeira, outro poeta-compositor-cantor sagrado deste nosso chão. Ambos, representantes do orgulho em ser maranhense: na simplicidade de dizerem o fundamental. (Em seu show, no Trapiche, Cesar Teixeira emocionou-me, mais uma vez, em outra noite inesquecível, em um dos dias de agosto mais especiais e felizes deste ano, para mim.)
Generoso e gregário, Joãozinho abriu alas, em seu show de gravação ao vivo do 1º CD e DVD, para a reverência à diva Célia Maria (en)cantar “Saiba, rapaz” e a participação das maravilhosas Rosa Reis, Milla Camões e Lena Machado, para ficar na homenagem às mulheres, uma de suas paixões.
Na companhia de Zeca Baleiro, trouxe à São Luís o carismático Chico César, que nos brindou musicando a sensível letra com que Joãozinho homenageia seu pai, em “Anonimato”. Em momento anterior, o poeta de incansável esperança já atingia certeiro nosso coração com sua homenagem à mãe na bela “Amália”. Senti-me, eu própria, homenageando meu pai e minha mãe, pois da poesia de Joãozinho Ribeiro podemos todos nos sentir donos.
Em trio, João, Zeca e Chico César celebraram “Erva Santa”, com a animada contribuição dos muitos amigos e admiradores que lotaram a plateia e beberam de “todas as ervas” que Joãozinho nos ofereceu, trazendo-nos ainda mais a garantia de que não se deve cantar sozinho, para não ficar mal acompanhado (outra pérola do João, na minha livre tradução).
Registros mais que necessários: a extraordinária atuação do grande ator maranhense Domingos Tourinho, nos trazendo textos de imensurável força poética e revolucionária e as especialíssimas vozes do “Coral São João”, fazendo-nos sentir um tanto de uns dentro dos milhões que agrega, aqui em trocadilho à “Milhões de Uns”, música-título do show. (Ah, e o hilário e participante "homem das chaves", que, da plateia, fez uma "percussão" com Chico César.)
Destaque igualmente para a qualidade dos músicos maranhenses que se somaram para “acarinhar” a poesia musical de Joãozinho: Quanta honra tantos talentos, juntos! Das cordas de Luiz Júnior, em solos magníficos, à beleza sonora da sanfona do músico que não lembro o nome neste instante (Rui Mário), ao cavaquinho ilustre do Paulo Trabulsi,  à flauta do companheiro Zezé Alves, à particular percussão que Arlindo Carvalho imprime a qualquer espetáculo, (ao luxo do violão de Celson) e aos sopros elegantes do sax e do trompete. Quanta emoção nos causaram com suas técnicas a serviço do texto primoroso.
Quem quiser saber mais desse show inesquecível (e ver fotos e vídeos), acesse: 
E aguardemos todos o CD e o DVD para eternizar em nossas vidas o que o poeta da “insuportável esperança” canta e para respondermos “presentes” ao chamamento à cumplicidade poético-revolucionária.

Axé, Joãozinho!

* Atualizada, em 30/11/2012

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Alfredo Wagner Berno de Almeida: Entre a "proteção" e o "protecionismo" - Le Monde Diplomatique Brasil

Alfredo Wagner Berno de Almeida: Entre a "proteção" e o "protecionismo" - Le Monde Diplomatique Brasil

Entre a "proteção" e o "protecionismo"
Assiste-se atualmente à aplicação de políticas de “reorganização de espaços e territórios” que não são um produto mecânico da expansão gradual das trocas, mas sim o efeito de uma ação de Estado rotecionista, voltada para a reestruturação de mercados, disciplinando a comercialização da terra, das florestas e do subsolo
por Alfredo Wagner Berno de Almeida

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

16 e 17/11, Lançamento DVD "Pedra da Memória", com Pai Euclides, da Casa Fanti-Ashanti


Mostra Cinema e Direitos Humanos 25 a 30/11, Teatro da Cidade

PROGRAMAÇÃO DISPONÍVEL EM: http://www.cinedireitoshumanos.org.br/2012/

Show "Milhões de Uns" - Joãozinho Ribeiro, no Teatro Arthur Azevedo





Joãozinho Ribeiro – Milhões de Uns, por Zeca Baleiro

Joãozinho Ribeiro é um poeta e compositor maiúsculo. Mas sempre foi mais que isso.  João é uma espécie de “guru da galera”, o cara que aponta caminhos, que lança luz sobre as trevas culturais da cidade de São Luís – incansável, obstinado, convicto.
Mas há uma torcida antiga (e eu estou nela) pra que João deixe de lado um pouco sua porção “agitador cultural” e nos dê de legado seu primeiro e aguardado disco autoral.
Finalmente parece que a torcida começa a dar resultado. João se prepara para, com o suporte de alguns convidados especiais, gravar cd e dvd com a sua (vasta) obra nunca dantes registrada em toda a sua magnitude e esplendor.
Serão 20 canções escolhidas de um balaio fértil de cerca de duas centenas de composições, acumuladas em mais de 30 anos de poesia, boemia e hiperatividade cultural.
Um trabalho que já nascerá clássico, assim como um disco antigo do Paulinho da Viola ou do Chico Buarque. Porque, assim como os artistas acima citados, João tem estatura de gigante, ainda que o Brasil – infelizmente – o desconheça.
Agora enfim vai conhecê-lo por meio do projeto “Milhões de Uns”, iniciando com a gravação de um cd e um dvd que levam o mesmo título, nos dias 27 e 28 de novembro próximo, no Teatro Arthur Azevedo. Afinal, nunca é tarde para a poesia. 
Saravá, João, meu poeta!

Zeca Baleiro (agosto de 2012)

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Leandro Léo canta "João de Barro" no show de Maria Gadú

Ariano Suassuna abre feira literária em favela do Rio


É a primeira vez que uma comunidade pobre do Rio sedia um evento desse porte

Por: Vladimir Platonow, da Agência Brasil
Publicado em 08/11/2012, 09:10 Última atualização às 09:10
Rio de Janeiro - Até o próximo domingo (11), o Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, é o centro dos debates sobre livros e literatura no Rio. Pela primeira vez, uma comunidade pobre da cidade sedia a Festa Literária Internacional das Unidades de Polícia Pacificadora (Flupp). A palestra de abertura do evento coube ao imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) Ariano Suassuna, que aos 85 anos de idade fez questão de viajar do Recife, onde mora, para encantar a plateia com suas histórias que misturam a vida pessoal e o folclore nordestino.
Durante pouco mais de 30 minutos, o escritor recitou trechos de suas obras, como O Auto da Compadecida, já retratada no cinema e na televisão. Contou passagens recheadas de bom humor, envolvendo causos acontecidos com ele ou imaginado em sua literatura, sempre tendo como pano de fundo o Nordeste, principalmente a sua Paraíba.
Antes de subir ao palco, Suassuna falou com exclusividade para a Agência Brasil e TV Brasil, sobre o significado de sua presença em um território recém pacificado, onde há pouco tempo imperava o crime e a violência.
“Machado de Assis dizia que no Brasil existem dois países. O país oficial, dos privilegiados, e o real, que é o do povo. Eu que sou um homem da cultura, que amo meu país, amo meu povo, em meu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras disse que o Brasil tinha dois símbolos, o país urbano e a favela. É uma alegria enorme para mim [estar aqui] porque começou-se a perceber que a favela não era os bandidos, era a população ordeira, que era perseguida por eles. Eu, como sertanejo que sou, fico muito feliz de encontrar aqui os meus irmãos urbanos.”
Um dos organizadores da Flupp – nome que faz analogia à já tradicional Festa Literária Internacional de Paraty, conhecida como Flip – é o antropólogo e ex-secretário nacional de Segurança Luiz Eduardo Soares, que entre outras obras escreveu Elite da Tropa e Elite da Tropa 2, que serviram de base para os roteiros dos filmesTropa de Elite e Tropa de Elite 2.
“A Flupp sintetiza o processo da sociedade carioca de vencer a violência com meios democráticos, valorizando a juventude. Ainda há um caminho longo a ser percorrido [com as UPPs - unidades de Polícia Pacificadora], mas na prática ainda há uma série de dificuldades, até porque a brutalidade policial não desaparece do dia para a noite. A Flupp é um momento neste processo para buscar qualificar as UPPs, chamando a atenção entre favela e produção cultural.”.
Para o coordenador-geral das UPPs, coronel Rogério Seabra, a festa literária representa uma ponte entre os moradores das favelas e os do asfalto. “O elemento cultural é um dos principais consolidadores do valor da vida. Ficamos satisfeitos de estarmos aqui neste ambiente, resignificando as culturas locais, que durante muito tempo foi de violência. A UPP chega como uma ponte para unir demandas reprimidas e ofertas possíveis. O que está acontecendo hoje é a oportunidade que os livros e a cultura cheguem”, disse.
A programação da Flupp inclui debates entre 19 escritores brasileiros e 18 estrangeiros, saraus literários, palestras e lançamentos de livros. Amanhã (8) à noite será lançado um livro reunindo 43 contos, selecionados ao longo do ano a partir de oficinas feitas em diversas comunidades da cidade, com moradores e policiais militares.
Os debates são livres e serão mediados por intelectuais ligados à área cultural. A coordenadora de Cultura da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso-Brasil), Marta Porto, destacou as mudanças trazidas a partir da pacificação. “É uma microrrevolução que vai começando no território e tomando o país. É o germe do bem, que a arte e a cultura vão deixando nas pessoas. Começa com as crianças. A retomada do território é um fundamento que estava faltando nas políticas públicas e que agora chegou com toda a força”, declarou.
A programação completa da Flupp pode ser acessada no endereço www.flupp.net.br.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

JUSTIÇA obriga IBAMA-PI a assumir as licenças da Suzano


sábado, 27 de outubro de 2012

TRIBUNAL DIZ QUE A SEMAR-PI não tem competência. IBAMA não queria analisar os processos


Mais duas decisões judiciais publicadas nos últimos dias vão contra os interesses da Suzano Papel e Celulose e dos governos do Piauí e do Maranhão. O Superior Tribunal de Justiça publicou na segunda-feira (22) o indeferimento do pedido do governo do Maranhão que queria suspender a decisão que reconhece apenas o IBAMA como órgão competente para autorizar a licença ambiental para o empreendimento de R$ 412 milhões que está se instalando naquele Estado. A decisão contestada foi da Justiça Federal no Maranhão.
A Suzano alegou que a paralisação do empreendimento, provocaria ‘grave lesão à ordem e economia pública, já que a empresa emprega, atualmente, 1.800 pessoas de maneira direta e 7.700 pessoas de maneira indireta, movimentando a economia de quase 10 municípios maranhenses’. Porém, segundo a decisão do ministro Félix Fischer na Ação de Suspensão de Liminar Nº 1.660, ‘não ficou evidenciada grave lesão a quaisquer dos bens tutelados pela legislação.'
A decisão do STJ negando o pedido do governo maranhense também deverá ser seguida para outras duas ações que tramitam na Justiça Federal no Piauí. O projeto de plantio da Suzano no Piauí abrande 160 mil hectares de eucalipto, em 38 municípios, numa rio de 120 km a partir do município de Nazária.
Na semana passada (dia 16), mais uma decisão foi emitida pela Justiça Federal no Piauí. Dessa vez, o alvo principal foi o IBAMA-PI, que se negava assumir a competência pelas licenças. Em junho, uma decisão da Justiça Federal no Piauí já tinha suspendido as licenças emitidas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMAR).
Segundo as ações do MPF, o IBAMA é o órgão responsável pelos rios interestaduais, como é o caso do rio Parnaíba.
O juiz da 1ª Vara da Justiça Federal no Piauí, Francisco Hélio Ferreira, decidiu, em outra ação movida pelo Ministério Público Federal no Piauí, suspender as licenças emitidas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMAR-PI) e obrigar o IBAMA a cumprir seu papel, já que este órgão vinha afirmando que não era de sua competência a emissão das licenças.
‘Defiro parcialmente o pedido de antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, para determinar a suspensão do licenciamento ambiental do projeto florestal para a produção de madeira para atendimento de demanda industrial, realizada pela Secretaria de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos do Piauí (SEMAR-PI), bem como determinar ao IBAMA que assuma o licenciamento ambiental do referido empreendimento’, diz o texto da sentença assinada pelo Dr. Francisco Hélio Ferreira na ACP N º 0010550-68.2010.4.01.4000. A Suzano ainda pode apresentar contestação e recorrer das decisões.
A batalha judicial vai provocar mais atrasos no início da operação da fábrica no Piauí, que estava inicialmente prevista para 2014, mas foi adiada para 2016.
Autor: Aquiles Nairó
Publicado Por: Fábio Carvalho

A mobilização das redes sociais foi definitiva para alcançar esse resultado


MPF comemora decisão que mantém índios em terra guarani-kaiowá no MS



DESTACO UM TRECHO:
"A mobilização das redes sociais foi definitiva para alcançar esse resultado. Provocou uma reação raramente vista por parte do governo quando se trata de direitos indígenas", disse o procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, que atua em Dourados. A situação dos guarani em Pyelito Kue se tornou assunto em todo o país quando os índios divulgaram uma carta em que se declaravam dispostos a morrer em vez de deixar as terras, assim que foram notificados do despejo pela Justiça Federal do Mato Grosso do Sul.


  
— última modificação 31/10/2012 12:40
Os 170 indígenas podem permanecer em área da fazenda Cambará, em Iguatemi/MS, até que os trabalhos de identificação da terra indígena sejam concluídos
MPF comemora decisão que mantém índios em terra guarani-kaiowá no MS
Índios guarani-kaiowá de Pyelito Kue. Foto: MPF/MS
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo, suspendeu operação de retirada dos índios guarani-kaiowá do acampamento Pyelito Kue, atendendo a pedido da Fundação Nacional do Índio, após intensa mobilização de cidadãos na internet. O Ministério Público Federal tinha feito o mesmo pedido e foi contemplado pela decisão de hoje.
"A mobilização das redes sociais foi definitiva para alcançar esse resultado. Provocou uma reação raramente vista por parte do governo quando se trata de direitos indígenas", disse o procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, que atua em Dourados. A situação dos guarani em Pyelito Kue se tornou assunto em todo o país quando os índios divulgaram uma carta em que se declaravam dispostos a morrer em vez de deixar as terras, assim que foram notificados do despejo pela Justiça Federal do Mato Grosso do Sul.
Pela decisão de hoje, os 170 indígenas podem permanecer em área de 1 hectare dentro da fazenda Cambará, em Iguatemi/MS, até que os trabalhos de identificação da terra indígena sejam concluídos. Relatório de Identificação e Delimitação da Terra Indígena falta ser publicado pela Funai. A desembargadora Cecilia Mello determinou o envio da decisão à presidente da República, Dilma Rousseff e ao ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo. 
À Funai, a desembargadora determinou que "deve adotar todas as providências no sentido de intensificar os trabalhos e concluir o mais rápido possível o procedimento administrativo de delimitação e demarcação das terras". Os trabalhos se arrastam há pelo menos 3 anos, quando a Funai assinou um Termo de Ajuste de Conduta com o MPF para examinar a questão territorial dos Guarani-Kaiowá. 
Pyelito Kue
Os guarani-kaiowá de Pyelito Kue ocupam área de reserva legal da fazenda Cambará, em Iguatemi, sul de Mato Grosso do Sul, desde novembro de 2011. Os índios se refugiaram no local - situado do outro lado do rio que corta a região - depois de ataque de pistoleiros em agosto do mesmo ano. Crianças e idosos ficaram feridos e o acampamento, montado à beira de estrada vicinal, foi destruído. (Confira nota sobre o ataque e fotos da travessia dos índios)
Nota técnica da Fundação Nacional do Índio (Funai) publicada em março deste ano concluiu que a área reivindicada pelos indígenas como Pyelito Kue e Mbarakay é ocupada desde tempos ancestrais pelas etnias guarani e kaiowá. “Desde o ano de 1915, quando foi instituída a primeira Terra Indígena , ou seja, a de Amambai, até os anos de 1980 - com forte ênfase na década de 1970 -, o que se assistiu no Mato Grosso do Sul foi um processo de expropriação de terras de ocupação indígena, em favor de sua titulação privada”.
 Para o Ministério Público Federal “afastar a discussão da ocupação tradicional da área em litígio equivale a perpetuar flagrante injustiça cometida contra os indígenas em três fases distintas e sucessivas no tempo. Uma quando se lhes usurpam as terras; outra quando o Estado não providencia, ou demora fazê-lo, ou faz de forma deficiente a revisão dos limites de sua área e quando o Estado-Juiz lhes impede de invocar e demonstrar seu direito ancestral sobre as terras, valendo-se justamente da inércia do próprio Estado”.
Referência processual: Autos nº 0000032-87.2012.4.03.6006
Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul
(67) 3312-7265 / 9297-1903
(67) 3312-7283 / 9142-3976
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