Ontem, quando descansava do almoço
de Páscoa, na casa de mamãe, ouvi o pregoeiro do Cuscuz Ideal gritando
"ideaallll, ideaallll, ideaallll". Ato contínuo, aquele fato me
remeteu às boas lembranças de minha infância/adolescência, quando morava na
casa de meus pais, na COHAB. Sorri, emocionada. Esperava o vendedor para
comprar cuscuz e tomar com café. Eu adoro cuscuz de arroz (mais do que o de
milho) e aquela raspa de coco por cima? Minha garganta vivia sofrendo...
Fiz, ontem mesmo, um comentário no Facebook e logo meus queridos amigos
passaram a lembrar, não apenas do Cuscuz Ideal, mas de tantos outros produtos
que fizeram/fazem a nossa intensa e ingênua alegria. Um deles me disse que a fábrica
do Cuscuz Ideal continua no Anil, sem modernidades. Éramos felizes, sim, e sabíamos!
Para registro saudoso e conhecimento
das pessoas mais jovens, segue o que acabo de denominar "PEQUENO INVENTÁRIO DE GOSTOSAS
LEMBRANÇAS DAS NOSSAS INFÂNCIAS", com a colaboração desses amigos queridos, que
me fizeram ficar com "água na boca":
PIPOCA ORIENTAL, mais uma vez,
minha garganta sofria: amo tanto pipoca, que o único apelido que tentaram me
colocar foi... PIPOCA, porque, na hora do recreio (na minha época não era
intervalo!) no Grupo Escolar Júlio de Mesquita Filho, na COHAB, corria para o
portão para comprar vários sacos de pipoca (meu lanche preferido à época)
"É FLAL, é FLAL... é o suco da
própria fruta... é suco natural", como esquecer? E do CITROSUCO? para
ficarmos nos sucos precursores dos din-dins, suquinhos e quetais
PAMONHA, enrolada na casca da
bananeira, própria dos meses antecedentes aos festejos juninos, que passava
sempre no começo da noite e muitas vezes dava um bom jantar com café quentinho
PICOLÉ da própria fruta, vendido na
caixa de madeira
QUEBRA-QUEIXO, vendido num tabuleiro que era carregado pelo pescoço, doce delicioso
PIRULITO no tabuleiro, enrolado em papel transparente
SORVETE na caixa de isopor de 2
lados, de côco, de bacuri ou de maracujá, naquela casquinha que só tem na nossa
terra
Ainda na variação dos gelados, o SORVETE
DE CÔCO lá do Portinho, lembra um amigo e eu me recordo da Sorveteria STOP, ao
lado do antigo Cine Passeio, na Rua de mesmo nome. Das antigas, resta, ao que
sei, a Sorveteria Elefantinho, no Canto da Fabril, donde sou freguesa até hoje do melhor de tapioca que conheço
PÃO CHEIO, vendido na cesta de
palha, coberto com a toalhinha e a garrafa de pimenta pendurada do lado...
DOCE DE BURITI, na caixinha de
madeira, que levei domingo passado, para a sobremesa do almoço com minha mãe e
que não comíamos há algum tempo
Aqui, apenas uma mostra. Aberta à
lembrança de tod@s!