Um "cadinho" de mim

São Luís, Maranhão, Brazil
Rita Luna Moraes Assistente Social e Bacharel em Direito. Servidora pública federal aposentada.

sábado, 7 de dezembro de 2013

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Quem cuidará de mim, quando eu envelhecer?

Há alguns meses, as atividades de trabalho e estudo me limitaram na ocupação deste espaço, onde expresso um pouco do que penso e sinto. Desejosa de retornar à casa que criei para me abrigar e acolher os que me honram com sua visita, trago uma reflexão pessoal retomada nesta madrugada em uma boa conversa com um querido amigo: "Quem cuidará de mim, quando eu envelhecer?" 

Dizem que dos filhos espera-se que cuidem de seus idosos na velhice. Infelizmente, em nossa realidade, há muitos pais, avós, tios idosos que cumprem um ritual de solidão avassalador. Penso, então, e eu que sequer tive filhos? Ainda que não seja uma carta de seguro, há aqueles filhos de bem que amparam e amam, incondicionalmente. 

Dizem, também, que companheiros de vida em comum (casados ou não, formalmente) são possibilidades de que não se veja a vida apenas pela tela da TV. De novo, não se tem esta garantia, porque as complexidades trazidas pelo tempo e que se encerram no envelhecimento precisam de doses aumentadas de compaixão. Penso, então, ainda, e eu que sequer vivencio companhia de vida em comum? 

Conclusão apressada a que podemos chegar: "estou lascada! A velhice que me espera será de solidão e desamparo." Muitos podem pensar que soa mórbido tratar disto, mas quem me conhece de perto sabe que não tenho receios de enfrentar temas "áridos". 

Num tempo em que as tecnologias, dizem também, aproximam as pessoas, como posso falar de solidão? Logo eu que transito bem nestes tempos web?! O tempo me trouxe sabedoria necessária para identificar quem pertence ao meu mundo real. E, neste meu mundo real, sem filhos - logo, sem netos - e sem companhia de vida em comum, quem me restará para cuidar de mim na velhice? Vamos atrás de algumas respostas. Sem dores.

Tenho irmãos! - Nossa trajetória não me permite afiançar que cuidarão de mim. Simples, assim! Minha única irmã, quem sabe?! Espero que esteja certa! (ahahahahah) 

Tenho sobrinh@s e afilhad@s! - Ahá, quem sabe el@s? Reconheço que querid@s sobrinh@s e afilhad@s terão suas vidas próprias, com filhos e carreiras e, talvez, não haja espaço para uma "velha" tia/madrinha.

Tenho prim@s! - Sou de uma época em que a convivência com prim@s era quase "obrigatória" - doce obrigação avançada para a idade adulta! Imagino que alguns deixarão seus afazeres e entrarão no turno de acompanhantes se de internação eu precisar. Também espero que esteja certa! (ahahahahah) 

Da família direta, pronto! Estas as possibilidades. Não adianta procurar outras aqui. Onde, então, buscarei esperança se alguma destas não se concretizar?

Espero que digam: "tens amig@s! E, logo tu, que os ama tanto..., não te faltarão!"
Posso responder: amig@s, tenho-os como irmãos escolhidos na vida! E, sim, os amo!
Mas também reconheço, sem amargura, que aqui também terei dificuldades em que "cuidem" desses meus tempos de velhice. Uma razão simples: estarão velhos como eu! (ahahahahah) 

Certeza mesmo tenho que continuarei, enquanto houver lucidez, compartilhando tempos de vida! Quem quiser me acompanhar, será bem-vind@!



domingo, 29 de setembro de 2013

Clarice Lispector em São Luís, por Benjamin Moser, neste 30 de setembro de 2013

Querid@s,

Quem me conhece sabe que não sou de escolher presentes para mim ofertados pelos outros. Muitos amig@s me dizem que sou difícil para presentes, pois tenho muitos livros, CDs e DVDs - minhas melhores escolhas e minhas paixões materiais.
No ano em que fiz 50 anos, um destes amigos perguntou-me qual livro ainda não tinha e gostaria de receber de presente, naquela data tão especial para mim. Numa raríssima exceção, indiquei o livro "Clarice," a biografia de Clarice Lispector, do Benjamin Moser.
Será este exemplar que levarei amanhã, dia 30 de setembro, às 20h, no Teatro João do Vale, para ficar mais perto dos 2, na palestra "Que mistérios tem Clarice?" que Moser fará na 7ª Feira do Livro de São Luís - Felis
Como costumo dizer daquilo que me encanta: IMPERDÍVEL!
E, parafraseando outro amigo (esse virtual): quem quiser me encontrar, já sabe donde.


Abraços,

sábado, 7 de setembro de 2013

Uma pequena prosa: PARA FALAR DE ANIVERSÁRIOS - dos meus, dos amigos e da cidade

Leio alguns comentários em que pessoas dizem que nada há para se comemorar quando celebramos aniversários, porque a vida está cheia de violências - de todos os gêneros. A pessoa acha que não deve comemorar "seu" aniversário, porque sua vida não anda lá essas coisas... Meu respeito àqueles que, por pouco ou nenhum temperamento festivo para si, prefira não comemorar. Não é a estes que me refiro. Quero falar, de minha vivência, sobre aqueles que (des)celebram.
Nunca fui de ter festa em meus aniversários de vida - não parece, mas sou tímida! Preferia me recolher; não sou dada a receber elogios - exerço uma autocrítica feroz - estou melhorando e diminuindo o feroz. Em alguns anos, não me sentia "animada" para estar junto. A visão "desanimadora" da vida, às vezes, nos pega. 
Quando completei 50 anos decidi fazer uma festa e celebrar, ao lado de pessoas queridas, os bons e maus momentos nesta 1ª metade da vida. Foi uma das decisões mais prazerosas que tomei e celebramos juntos!
Sempre gostei de celebrar os aniversários de meus amig@s - tímida, mas gosto de festas, sim! Gosto de organizar festas-surpresas, cuidar, pessoalmente, das "lembranças" - nunca chamo de presentes - que a eles destinarei, dedico sinceros desejos de felicidades, enfim, gosto muito de comemorar a vida dos meus amig@s - grande tesouro! (Me convidem, sempre! Farei o (im)possível para estar presente.)
Digo agora do aniversário de nossa querida cidade, que celebramos neste próximo dia 08 de setembro! Vejo muitas pessoas dizerem "por quê festa, se a cidade está cheia de problemas?" A primeira resposta que me vem à ponta da língua é: "A gente não quer só comida! A gente quer comida, diversão e arte!", lembrando a canção dos Titãs e que já usei até em chapa e carta-programa de eleição de Sindicato. Pois bem, é o que penso: A LUTA CONTRA as desigualdades, a pobreza, as violências, os buracos nas ruas, a falta de saneamento, o lixo, o sistema de saúde e educação precários, enfim, a luta pela melhoria das condições de vida NÃO SE SEPARA DA LUTA A FAVOR da cultura, da diversão e da arte. Sempre achei que dizer "pão e circo" vem carregado de preconceitos. 
E festejar a vida - a nossa e a da cidade em que vivemos, com suas belezas e feiúras - não nos torna cegos ante à realidade: é preciso ver e viver a dor e o amor! E lutar pelo amor às pessoas, que merecem comida, sim, mas arte, também! E não devemos esperar pelo tempo em que todos comerão, para, só, então, saborearem a cultura.
Vivas à vida! As nossas e a de nossa querida cidade, que, para mim, é O MEU LUGAR!


domingo, 19 de maio de 2013

Meu encontro com um operador da ditadura militar, na homenagem que recebi, pela 1ª Diretoria dos estudantes de SS

A sexta-feira, dia 17 de maio, foi muito marcante. Após participar, na noite anterior, do II Prêmio Gayvota de Direitos Humanos e da celebração dos 11 anos de "A Vida é uma Festa", na Praia Grande, espaço que me representa, e culminando uma semana tensa de trabalho, pude experimentar outras grandes emoções, desta vez na solenidade pelos 60 anos do Curso de Serviço Social da UFMA.

Fui receber a Comenda em nome das companheiras da 1ª Diretoria do DASS-Livre, como compartilhei aqui HOMENAGEM À 1ª DIRETORIA DO DIRETÓRIO ACADÊMICO LIVRE DE SERVIÇO SOCIAL PÓS DITADURA MILITAR. Já seria motivo suficiente de emoção reencontrar várias companheiras e colegas de profissão, mas NADA deve ser suficiente quando se trata de emoção: devemos NUNCA estar preparadas! E assim fui: completamente aberta e serena. Penso que por isto também, tudo tenha, para mim, mais sabores que, nem sempre, consigo dizer. Mas me agrada partilhar, na companhia de uma taça de vinho tinto para celebrar a vida, mesmo sem saber se conseguirei (d)escrever.

Para os que não puderam estar presentes, relembro trechos de minhas palavras ao receber a homenagem: 
"Agradeço e dedico esta homenagem a todos os estudantes que morreram em luta contra todas as ditaduras - a de Vargas e a Militar, em especial. Sempre os estudantes estiveram presentes nas lutas democráticas. Quando da ditadura militar, os Diretórios Estudantis foram fechados e somente com o movimento sindical no ABC, a luta pela Anistia e por uma Constituinte, os estudantes puderam voltar a se reorganizar. Quando constituímos a 1ª Diretoria do DA-Livre de SS/UFMA. Assim que recebi o Convite do CRESS, digitalizei-o e compartilhei em minhas páginas virtuais. Direi a todos o que a companheira Celecina Sales, Presidenta daquela Diretoria, disse-me via Facebook -  Tenho muitas saudades de vocês e daquele tempo. Luta e amizade caminhavam juntas.  Uma das descrições mais lindas que já ouvi do Movimento Estudantil. Não seria o que sou, pessoal e profissionalmente, se não tivesse participado do Movimento Estudantil. Muitas daquelas companheiras seguiram integrando outros movimentos, políticos ou partidários, na organização das (os) Assistentes Sociais ou em suas categorias, como eu mesma na organização do Sindicato dos Trabalhadores na Previdência, o SINTSPREV. Disse à Lília, quando recebi o Convite, que sou tímida (embora não pareça, sei bem disfarçar). Mas, compreendendo que a homenagem não era a mim, individualmente, aceitei-a e não deixaria de vir, como representante do DA. Levarei para mostrar a minha mãe, que, tantas vezes, não entendia porque eu chegava tarde em casa, muito depois do horário das aulas ou que passava fins de semana na casa de colegas. Mostrar-lhe que houve este reconhecimento. Depois vou entregá-la ao Centro Acadêmico, pois a ele pertence! Vivam os estudantes!"
A Comenda, fazendo pose no móvel da sala do Apartamento em que resido.

Ao descer, de volta à plenária, abraçando muitas companheiras pelo caminho, acenou-me do fundo do Auditório um senhor que pediu para que eu sentasse ao seu lado por um instante. Não o conhecia, mas, educada, sentei-me e passei a ouvir uma narrativa que jamais pensei. Ele me disse, emocionado, que as minhas palavras o fizeram recordar de quando ele foi do Exército e que recebera ordens para bater nos estudantes e hoje, acompanhando sua mulher, que faz Serviço Social, estava ali, no momento em que eu dizia algo que tinha a ver com ele. A mulher o interrompeu, para me dizer que enquanto eu falava, ele lhe dizia: veja só, ela está falando algo verdadeiro, eu fiz isto, eu bati nos estudantes, perseguia, vigiava, cumprindo ordens, mas fazia. Eu ouvia, calada. Ele continuou falando, quase numa "catarse", num "desabafo", como um pedido de desculpas, por algo feio e errado, que, hoje, reconhece que fez. Disse-me, por fim, que no dia seguinte faria 63 anos e ele estava ali vivendo aquilo. Eu, com um sincero sorriso, acolhi-o, naturalmente, porque não consegui ver nele alguém a quem execrar. Disse ainda que, de minha parte, não havia rancor. Que estivemos, os estudantes e ele(s) em sentidos opostos, num determinado momento, mas, - interrompeu-me, de novo, para dizer que "cumpria ordens" - eu continuei, dizendo, que, cada um de nós responderia diante da história e de si mesmo, todos os atos que praticamos. Deu-me um abraço, ao qual não me furtei, naturalmente. 

Voltei para sentar-me ao lado das amigas Margarete Cutrim e Rosário Fróes, com quem estava, antes. Ambas me cumprimentaram pela homenagem e pelas palavras ditas. Nada lhes falei deste inusitado encontro. Concentrei-me, de novo, nas homenagens seguintes.

As emoções não findaram por aí. 

Ao ato de recebimento da Comenda pela atual gestão do Centro Acadêmico (CASS), sucessor do Diretório Acadêmico (DA), a estudante Jéssica Ribeiro, reafirmou o que eu dissera, da fala de Celecina: também agora, amizade e luta andam juntas e chama as demais colegas do CASS. Levantei-me e, após aguardar que todas subissem, já perto do palco, perguntei à Jéssica se poderia subir, também. E foi o que fiz. Na subida, Lília, Presidenta do CRESS-MA, disse-me, baixinho, que eu poderia ficar com a Comenda, pois o CASS já teria uma. A foto abaixo e o que eu disse no Facebook não deixam dúvidas de minha decisão:  "hehehehe Somente os estudantes de SS vão guardar 2 Comendas. Salve o CA-Livre de SS - UFMA: gerações de luta, de ontem, de hoje e, esperamos tod@s, de sempre!"


                                Duas gerações, juntas, de militantes do MESS, em reverência ao CASS

Ainda entoei "a música de luta" das(os) estudantes de SS e ao descer me perguntaram pela nossa música e lembramos "da volta do cipó da aroeira no lombo de quem mandou dar".
Neste momento, já integrava a plenária, um amigo querido, Francisco Gonçalves, integrante do ME geral UFMA, na minha época, com quem participei da Chapa "Guarnicê" para disputar o DCE-UFMA, perdemos pra Chapa "Borandá", mas o movimento Guarnicê foi  fundamental na história da militância estudantil da UFMA e até hoje seus integrantes são referência nas lutas maranhenses. 

No dia seguinte, sábado, fui trabalhar com uma camiseta com a estampa do Che, para simbolizar um caminho que não devo esquecer: lutar, sempre, sem perder a ternura, jamais! 

Contei a Francisco o encontro com aquele Senhor e, somente naquela hora, ao contar e ouvir o que contava, tive a dimensão racionalizada daquele encontro. Concordamos que uma das faces do sentido da existência das Comissões da Verdade deve ser o seu caráter "purgativo". Precisamos desnudar o passado, enfrentá-lo, exorcizá-lo, responsabilizar sim, mas na medida de suas responsabilidades, todos os que praticaram atrocidades contra os que se rebelaram diante do autoritarismo das Ditaduras. Emocionamo-nos. Eu disse que escreveria sobre e ele me disse que o fizesse. E o faço, agora. Fica o registro e a esperança de que tenhamos uma democracia consolidada sob bases de humanidade.

Digo, mais uma vez: Valeu ter vivido pra viver tudo isto!



terça-feira, 14 de maio de 2013

Homenagem à 1ª Diretoria do Diretório Acadêmico de Estudantes de Serviço Social - DASS UFMA (1980)

Car@s,

Compartilho o Convite do CRESS que recebi para, em nome da 1ª Diretoria, pós Ditadura Militar, do Diretório Acadêmico de Estudantes de Serviço Social - DASS UFMA (1980) participar desta homenagem ao DASS, no contexto dos 60 anos do Curso de SS no Maranhão.

Quando relembro daquele tempo tão marcante e que fez a diferença na minha trajetória pessoal e profissional, celebro esta homenagem com mais intensidade!

Às queridas companheiras que participaram deste momento: recebam o Convite e participem da homenagem ao DASS!

Abraços,

Rita Luna Moraes


domingo, 21 de abril de 2013

Andar com fé... Na vida!


Concluí, hoje cedo, neste domingo ensolarado, um delicioso livro sobre fé. Não um livro de teologia ou de filosofia ou de religião. Ou, de tudo isto “junto e misturado” na narrativa de algumas pessoas de quem já ouvimos ou lemos algo como Gilberto Gil e Leonardo Boff, mas de outras de quem eu, ao menos, nunca tinha ouvido falar como Ian Mecler e Ciro Barcelos, dentre aqueles de que mais gostei .  

O livro Viver com Fé - Histórias de quem acredita narra, nas vozes de Cissa Guimarães (sim, a atriz) e Patricia Guimarães (produtora) algumas das entrevistas de um Programa de TV (sim, há “vida inteligente” na telinha e não só na madrugada...), que não é transmitido pela TV a cabo que assino; logo, não as assisti, mas é como se as tivesse visto por inteiro, ou, imagino, o melhor delas, como “cenas dos melhores capítulos”.

Em muitos momentos da leitura, identifiquei-me com as vivências e descrenças em torno da fé. As histórias, para além de emocionantes, levam à reflexão (o que mais me seduz quando leio, assisto um filme ou ouço uma música.) São todos instrumentos de sedução reflexiva, de que me valho para construir um caminho melhor.

Disse, na última sexta-feira, a um amigo, diante de tantos enfrentamentos e dificuldades, que, como nós dois não acreditamos num Deus vingativo, teríamos “compensações”, momentos de “bálsamo”. (Sorrimos juntos, cada um pensando em seus “bálsamos”- eu pelo menos, pensei e ele comentou o que pensava). 

Compreender que a fé na vida, em momentos bons e maus, é o que nos movimenta a seguir em frente. Se chamamos este motor de Deus ou outro nome, pouco importa. Vale a travessia acompanhado ou sozinho.

Com pouco tempo para escrever e ler assuntos não profissionais pretendi, com este pequeno “testemunho”, recomendar a leitura deste livro que traz a fé na vida como um sinal de entusiasmo e que nos faz suportar as perdas e as misérias humanas, mesmo quando não as compreendemos.

Em momentos de tantos desrespeitos e intolerâncias e na semana em que se celebra, especialmente, Ogum, orixá guerreiro, o “São Jorge”, manter fé na vida é o melhor caminho, penso eu. Ogunhê, meu pai Ogum! Que a força que temos em nós sirva-nos para que sejamos “guerreiros” pela Paz!

segunda-feira, 18 de março de 2013

O que penso do perdão... antes do Papa Francisco falar

Conheci uma oração sobre o perdão que me ajudou muito em relação a uma pessoa, cuja situação antiga me (nos) incomodava.
Não ser arrogante no seu sentir... uma boa lição que aprendi ano passado.
Descobri que sempre precisamos ser perdoados... independentemente de acharmos que estamos certos, pois as pessoas com quem convivemos podem sentir diferente... (e sentem)
Eu também achava que a outra pessoa "é quem me devia" e tive a grata surpresa de que eu, ao pedir perdão, fiquei ainda me sentindo melhor. 
Perdoar e ser perdoado, ambos, é o que nos faz seres humanos melhores.

(Trecho de uma conversa in box com meu sobrinho, no Facebook)

Ouvi, ontem, rapidamente, o que disse o Papa Francisco em sua primeira homilia: tratou do perdão, da misericórdia, entre os seres humanos e entre os povos. Claro que diante de tantas injustiças sociais e misérias humanas fica difícil sentir e/ou falar de perdão. 
Mas, para além de qualquer religião, o sentimento de perdoar e sentir-se perdoado é um dos mais maravilhosos que já experimentei e recomendo.
O perdão não nos deve diminuir, nem nos acomodar, mas nos induzir a sermos mais humildes e serenos.
É o que sinto e quis compartilhar, nesta semana especial pra mim.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

MPF/MA recomenda anulação de concurso para professor do curso de Direito da Ufma



(14/02/2013)Para o MPF, o concurso não atendeu aos princípios de impessoalidade, isonomia e moralidade, além de desrespeitar diversas normas da Resolução nº 120 do Consun
O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) recomendou à Universidade Federal do Maranhão (Ufma) que anule o concurso público para provimento de cargos de professor do curso de Direito da instituição, realizado em janeiro de 2012. As investigações do MPF/MA constataram diversas irregularidades no certame.
O concurso foi regido pelos editais nº 185/2011 e nº 195/2011 da Pró-Reitoria de Ensino da Ufma (Proen) e ofertou duas vagas para o magistério no curso de Direito, nas áreas de Direito Privado e Sociologia Jurídica e Teoria do Estado.
O Edital nº 20/2012-Proen, publicado em fevereiro de 2012, admitiu como aprovados na área de Direito Privado os candidatos Jaqueline Prazeres de Sena e Leonardo Albuquerque Marques, e na área Sociologia Jurídica e Teoria do Estado, os candidatos Márcio Aleandro Correia Teixeira, Amanda Silva Madureira, José Caldas Gois Júnior e Carlos Rodrigues Vieira.
Irregularidades – A Resolução nº 120 do Conselho Universitário (Consun), que rege concursos públicos para provimento de cargos do magistério da educação superior, determina que os concursos sejam realizados primeiramente para a classe de professor adjunto, que exige título de Doutor. No entanto, sem qualquer justificativa, o Anexo I do Edital nº 185/2011-Proen foi o único a rebaixar a titulação mínima, para permitir que candidatos com o título de Mestre (professor assistente) também pudessem participar do certame.
Historicamente, as disciplinas Sociologia Jurídica e Ciência Política e Estado do curso de Direito da Ufma são lecionadas por graduados em Direito. Mas, o Edital nº 185/2011-Proen permitiu que os candidatos tivessem graduação em Ciências Sociais para concorrer à vaga na área de Sociologia Jurídica e Teoria do Estado. Além disso, o candidato aprovado em primeiro lugar para essa área (Márcio Aleandro Correia Teixeira), já trabalhava como professor substituto da Ufma, e é graduado em Ciências Sociais, com título apenas de Mestre.
Sobre a aplicação das provas, o MPF identificou irregularidades nos prazos de publicação. A Resolução do Consun determina que o edital seja publicado, no mínimo, 60 dias antes da realização das provas, o que não aconteceu nesse caso. O Edital nº 185/2011-Proen foi publicado pouco mais de um mês antes da data prevista para aplicação das provas e um novo edital (nº 195/2011-Proen) foi publicado onze dias antes do certame, antecipando a data da realização das provas.
Quanto às etapas do concurso, a Resolução do Consun estabelece cinco possíveis etapas: prova escrita, prova oral, prova prática, projeto de pesquisa e prova de títulos. O Edital nº 185/2011-Proen não menciona a etapa “projeto de pesquisa”, mas os candidatos receberam e-mail da chefe de departamento de Direito da Ufma, Edith Maria Barbosa Ramos, sete dias antes da data das provas, informando que no dia da realização do concurso, seria exigido projeto de pesquisa.
Somente um dia antes das provas, a chefe de departamento enviou novo e-mail comunicando aos candidatos a existência de liminar que impedia a exigência de projeto de pesquisa no concurso em questão.
Conforme o teor da ata da assembleia do departamento de Direito da Ufma, realizada em dezembro de 2012 e apresentada pela chefe de departamento de Direito, três candidatos do concurso (Márcio Aleandro Correia Teixeira, Jaqueline Prazeres Sena e Leonardo Albuquerque) teriam participado de decisões referentes a datas, etapas e banca do certame, na condição de professores substitutos do curso de Direito. Também foram identificados fortes vínculos afetivos entre membros da banca examinadora e candidatos aprovados no concurso.
Em parecer formulado pelo Procurador Federal da Ufma, foi recomendada a anulação dos editais Proen nºs 185/2011 e 195/2011 e da homologação do resultado final do concurso. Para o MPF, o concurso promovido pela Ufma revelou-se contrário às normas da Resolução nº 120-Consun e ofensivo aos princípios da impessoalidade, isonomia e moralidade.
Na recomendação, o MPF pede a anulação do concurso e que a Ufma deixe de reproduzir, nos próximos certames, as irregularidades encontradas neste.
O MPF também requisitou instauração de inquérito na Polícia Federal para apurar as informações referentes ao concurso incluídas na pauta da assembleia do departamento de Direito da Ufma, encaminhada pela chefe de departamento, Edith Maria Barbosa Ramos. Há fortes indícios de que alguns dos itens da pauta tenham sido inseridos falsamente, configurando, em tese, crime de falsidade ideológica (Artigo 299 do Código Penal).

Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Maranhão
Tel: (98) 3213-7100
E-mail: ascom@prma.mpf.gov.br

O Rappa - Súplica Cearense

domingo, 10 de fevereiro de 2013

10 de fevereiro: Maria Aragão: PRESENTE! Salve a luta das Mulheres!

Ultimamente, por conta do meu trabalho, tenho falado e escrito muito o nome "Maria Aragão". Em referência ao Espaço e Memorial Maria Aragão, que ficam no Centro de São Luís, numa Praça que tem o selo de seu amigo-camarada Oscar Niemeyer. 

Ontem, organizando livros, para mais uma mudança, encontrei uma Cartilha (Guia de Defesa da Mulher), do Movimento de Mulheres do Maranhão, de dezembro de 1991. Inevitável não vincular Maria, neste dia 10 de fevereiro, data de seu aniversário, à luta em defesa das Mulheres.

Muito antes da Lei Maria da Penha, os movimentos contra a violência à mulher já lutavam e, por isto mesmo, a Lei hoje existe e precisa de nossa permanente vigilância.

Salve a equipe de elaboração do Guia: Mary Ferreira, Marluze Santos, Ieda Batista, Jocelina Ramos e Florilena Aranha.

Veja aqui a Capa do Guia e aqui a contracapa

Salve Maria Aragão! Em nome de todas as companheiras que lutam incessantemente pelos direitos das Mulheres!

P.S. Recomendo a visita a quem AINDA não conhece o Memorial Maria Aragão! 

Cartilha Violência contra a Mulher MA 1991 Capa


Cartilha Violência contra a Mulher MA 1991 Contracapa


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

DECISÃO ACERTADA: Prefeitura investirá dinheiro da passarela do samba na Saúde

FONTE: http://www.saoluis.ma.gov.br/Evento.aspx?id=5138 

Por São Luís - Em 16/01/2013

O prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Junior, determinou que 50% do valor destinado ao Carnaval de 2013 sejam transferidos para a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), o que corresponde a uma injeção de R$ 1 milhão para a pasta. A decisão foi tomada após as entidades que representam as escolas de samba da capital informarem que não participariam do desfile na Passarela do Samba.
Como o presidente da Fundação Municipal de Cultura (Func), Francisco Gonçalves, já havia garantido na semana passada, o Carnaval 2013 será realizado. Os eventos carnavalescos estão assegurados com recursos na ordem de R$ 1 milhão que será utilizado para custeio dos gastos com palco, som, iluminação, banheiros químicos e atrações artísticas de bailes e eventos comunitários.
De acordo com o regulamento do Carnaval de Passarela compete à Prefeitura de São Luís, através da Func, adotar medidas relativas ao funcionamento da avenida do desfile, bem como higienização, segurança, sonorização, cachê dos jurados e iluminação dentro da passarela e na extensão da concentração. O custeio dos gastos foi assegurado pela Func com o anúncio do investimento de R$ 2 milhões para a festa deste ano.
O valor, entretanto, não era suficiente para o pagamento de cachê solicitado pela maior parte das agremiações carnavalescas e por isso a União das Escolas de Samba do Estado do Maranhão (UESMA), a Associação Maranhense de Blocos Carnavalescos (AMBC) e a Academia de Blocos Tradicionais do Estado do Maranhão (ABTEMA) decidiram não participar do desfile na Passarela do Samba.
Carnaval garantido
A temporada carnavalesca em São Luís será iniciada amanhã (17) com o Baile da Corte onde serão eleitos o Rei Momo, a Rainha e as Princesas do Carnaval 2013. Com o tema “São Luís, Capital Brasileira da Alegria”, a festa está marcada para às 21h na casa de eventos Patrimônio Show, na Praia Grande, e a entrada é gratuita.

COMUNICADO CARNAVAL

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

ENTÃO, VAMOS INDO!

Gosto, dentre tantas "pérolas" da sabedoria do Mestre Manoel de Barros, quando nos ensina que "o tempo só anda de ida" e, neste início de um novo momento, quero expressar meu sentimento de que, se o Mestre-Sábio está certo (e, quem ousaria, dizer que não?), então, resta-nos seguir, porque o tempo já está andando de ida.

ENTÃO, VAMOS INDO!

Na vida pessoal e profissional, cada um de nós, sem o rigor da "ditadura da felicidade", pode buscar outros caminhos, que permitam experimentar novas vivências, arriscar-se, com olhar renovado, até consolidar caminho já percorrido, enfim, c-a-m-i-n-h-a-r.

Na vida da cidade em que vivemos, atuar, na esperança cotidiana da luta, para que os novos governantes possam representar nossos anseios de dias melhores para nossa gente.

Avançar para além das queixas, das reclamações ou do que não foi feito: o tempo de queixar-se deve ser restrito à atitude de levantar-se e decidir 
c-a-m-i-n-h-a-r.

Que façamos deste ano novo, verdadeiramente, um NOVO ANO!

Grata pela companhia atenta e resposta carinhosa a minha proposta de "conversar" sobre temas que me inquietam, me mobilizam e me encantam. Meu olhar particular sobre a vida.

Minha renovada saudação a todos e tod@s que me honram com a leitura do que compartilho neste espaço.

AXÉ!