Um "cadinho" de mim

São Luís, Maranhão, Brazil
Rita Luna Moraes Assistente Social e Bacharel em Direito. Servidora pública federal aposentada.

sábado, 7 de setembro de 2013

Uma pequena prosa: PARA FALAR DE ANIVERSÁRIOS - dos meus, dos amigos e da cidade

Leio alguns comentários em que pessoas dizem que nada há para se comemorar quando celebramos aniversários, porque a vida está cheia de violências - de todos os gêneros. A pessoa acha que não deve comemorar "seu" aniversário, porque sua vida não anda lá essas coisas... Meu respeito àqueles que, por pouco ou nenhum temperamento festivo para si, prefira não comemorar. Não é a estes que me refiro. Quero falar, de minha vivência, sobre aqueles que (des)celebram.
Nunca fui de ter festa em meus aniversários de vida - não parece, mas sou tímida! Preferia me recolher; não sou dada a receber elogios - exerço uma autocrítica feroz - estou melhorando e diminuindo o feroz. Em alguns anos, não me sentia "animada" para estar junto. A visão "desanimadora" da vida, às vezes, nos pega. 
Quando completei 50 anos decidi fazer uma festa e celebrar, ao lado de pessoas queridas, os bons e maus momentos nesta 1ª metade da vida. Foi uma das decisões mais prazerosas que tomei e celebramos juntos!
Sempre gostei de celebrar os aniversários de meus amig@s - tímida, mas gosto de festas, sim! Gosto de organizar festas-surpresas, cuidar, pessoalmente, das "lembranças" - nunca chamo de presentes - que a eles destinarei, dedico sinceros desejos de felicidades, enfim, gosto muito de comemorar a vida dos meus amig@s - grande tesouro! (Me convidem, sempre! Farei o (im)possível para estar presente.)
Digo agora do aniversário de nossa querida cidade, que celebramos neste próximo dia 08 de setembro! Vejo muitas pessoas dizerem "por quê festa, se a cidade está cheia de problemas?" A primeira resposta que me vem à ponta da língua é: "A gente não quer só comida! A gente quer comida, diversão e arte!", lembrando a canção dos Titãs e que já usei até em chapa e carta-programa de eleição de Sindicato. Pois bem, é o que penso: A LUTA CONTRA as desigualdades, a pobreza, as violências, os buracos nas ruas, a falta de saneamento, o lixo, o sistema de saúde e educação precários, enfim, a luta pela melhoria das condições de vida NÃO SE SEPARA DA LUTA A FAVOR da cultura, da diversão e da arte. Sempre achei que dizer "pão e circo" vem carregado de preconceitos. 
E festejar a vida - a nossa e a da cidade em que vivemos, com suas belezas e feiúras - não nos torna cegos ante à realidade: é preciso ver e viver a dor e o amor! E lutar pelo amor às pessoas, que merecem comida, sim, mas arte, também! E não devemos esperar pelo tempo em que todos comerão, para, só, então, saborearem a cultura.
Vivas à vida! As nossas e a de nossa querida cidade, que, para mim, é O MEU LUGAR!


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