Um "cadinho" de mim

São Luís, Maranhão, Brazil
Rita Luna Moraes Assistente Social e Bacharel em Direito. Servidora pública federal aposentada.

sábado, 26 de março de 2011

Amigos que valem mais que aniversários: a eles se igualam, pois celebram a vida!

Carta a minha amiga Cristiane
Querida Cris,

Na semana em que fiz aniversário, celebro os amigos. E te escolhi para homenageá-los. Tu que és minha amiga querida pra toda a vida (esta e as outras que virão, como crês). Que me conheces sem que eu diga muito. Que me dizes o que preciso ouvir, no momento certo, sem que eu pergunte. Amigos são assim: os irmãos com que a vida nos brinda. No dia de meu aniversário, escrevi no mural de meu facebook que “A vida vale a pena, especialmente, porque temos amigos. Agradeço por todos os amigos que me honram com suas amizades.” Este é o meu sentimento mais sincero, hoje.
Fizeste-me uma agradável surpresa: um abraço, ao vivo e a cores. Mesmo com tua faringite. Adorei o cartão[1]: os dizeres são maravilhosos e apropriados e sei que escolheste com tua sensibilidade. Os chocolates, sem palavras. Vou dividir com minha mãe, neste domingo. O cartão virtual que recebi de meus amigos e colegas de trabalho foi, também, encantador e carinhoso. Gosto, imensamente, além das mensagens, da boa sensação de que alguém parou para oferecer “palavras de carinho” ao outro, em um mundo tão apressado e individualista...
Desnecessário dizer-te como estou: bem sabes! E me conheces tanto que, ao me veres, disseste: “estás bem, embora não estejas”. Eu só tive que concordar... Sou muito transparente.
Tenho fotos de Ana Luísa (tua bonequinha) espalhadas pelo apartamento em que moro. Faz-me companhia: com ela sempre sorrio e crianças me renovam as esperanças em um mundo melhor.
Minha mãe logo cedo me telefonou parabenizando-me. Disse-lhe que ia mais tarde a casa dela e acabei não indo. Fiquei quieta, no apartamento, “curtindo” meu dia. Há muitos anos, não ficava sozinha no dia de meu aniversário. Sempre estava com alguém, mesmo que me isolasse. Nunca fui ligada em comemorar meu aniversário. Às vezes, é bom esse “retiro”. Serve para repensar a vida. A “quietude” que me acompanha não me assusta: encontro-me comigo mesma e, ultimamente, tenho me surpreendido com o que encontro em mim...
Kaká me telefonou, também, logo cedo e com toda a energia que tem, desejou-me o que de melhor há pra se desejar: saúde e luz em meu caminho! E, como eu ainda estava dormindo, depois me ligaria de novo. Como o fez, ao meio-dia, perguntando-me o que me daria de presente, pois queria me dar algo de que eu precisasse. Perguntou-me se eu estava precisando de algum livro, por conta da Faculdade. Disse-lhe que não precisava se preocupar com presente, porque ela já me dá muitos presentes, sendo presente em minha vida, como grande amiga que sempre foi e continuará sendo. E ainda cuidando de Bob e Yan (nossos cães), que ficaram em casa com ela.
O telefonema de Jisselda, ao qual não atendi, porque ainda dormia. (Meus amigos, às vezes, se esquecem de que não acordo com as galinhas, pois, durmo como as corujas...). Reencontrei-a, sexta, à tarde no Conselho de Assistentes Sociais e recebi um abraço forte, amigo e maravilhoso.
D. Maria, que cuida de mim há 16 anos e que anda adoentada, ligou-me, também, desejando tudo de bom na vida. É como minha segunda mãe.
Minha amiga Thyssia telefonou em seguida, chamando-me de Ritinha. (pouquíssimas pessoas me chamam assim, sem que eu me importe...)
Recebi, ainda, as mensagens, via celular, de Debora, uma amiga recente, querendo saber “onde ia ser a festa” e de Vitória[2], uma amiga antiga de trabalho, que, católica praticante, desejou-me saúde para usufruir os momentos que Deus reservou pra mim.
Fiquei triste com a morte da atriz Liz Taylor: pelo que foi com seus personagens antológicos em “Assim caminha a Humanidade” e “Cleópatra”, mas também, por ter encabeçado as primeiras lutas em defesa de pesquisas contra a AIDS, motivada pela perda de seu grande Rock Hudson. (À noite, brindamos em sua memória!)
Almocei e jantei em casa e assisti o DVD do Andrea Bocelli (já perdi a conta de quantas vezes o vi...) - mais cedo, postei no blogue o link de uma das músicas de que mais gosto na vida: Canto Della Terra, interpretada por Bocelli e Sarah Brigthman, no concerto na Toscana. Ouvi, ainda, CDs da Nina Simone, incluída, com sua voz rouca a bela Ne me Quitte Pas, outra de minhas preferidas. Ou seja, estive o dia todo em boa companhia, embora sozinha.
Mais tarde, assisti pela TV Justiça, à votação da Lei da Ficha Limpa pelos ministros do Supremo Tribunal Federal. Como só me interessava o voto de “desempate” do novo Ministro Luiz Fux e este decidiu pela não aplicabilidade da lei nas eleições de 2010, depois voltei a dormir, refletindo que se tal decisão houvesse sido fechada ainda em 2010, Dr. Jackson Lago não teria feito sua campanha com essa espada sobre sua cabeça! E, quem sabe, o resultado não fosse outro... Vá saber!
Então, dormi de novo e recebi, neste intervalo, 2 ligações, que, claro, dormindo, não atendi: de minha irmã, que deixou uma mensagem linda e carinhosa e de uma grande amiga, que me surpreendeu, agradavelmente, com sua ligação e, depois, como não atendi, felicitou-me por e-mail, mesmo (meio, aliás, de nossas mais constantes conversas). Falamo-nos tanto “virtualmente”, que, às vezes, nem sei o que dizer ao telefone (meio de que não gosto muito): de todos os meios, prefiro falar olhando nos olhos das pessoas.
Lucília, minha amiga e comadre me ligou, como sempre, brincando, perguntando onde eu comemoraria os 50 anos. Aproveitei para marcar com ela a nossa festa ano que vem: meus 50 anos e os 21 de Sofia (minha afilhada, com quem também falei, de novo), que faz aniversário 1 dia antes. Parece que foi ontem! É muito bom ter o que recordar: sinal explícito de que vivi!
E assim, foi que reencontrei amigos queridos no Bar Por Acaso, com quem celebrei mais um ano de vida (parafraseando minha mãe: “bem vivido”): Gilberto, Jordana, Thyssia e Bento (fofo), Socorro, Debora, Emília e Cláudio. Todos queridíssimos! Conversamos e brindamos. Meu amigo-sobrinho Johnny mandou-me uma mensagem, desculpando-se e, antes, conseguimos nos falar meu sobrinho Yuri e eu (ele aniversaria um dia antes, junto com Sofia).
Uma noite muito agradável. Simples (como eu) e grandiosa (como meus amigos). E com uma flor branca para simbolizar paz, luz e amizade, que ganhei no bar de meu querido amigo Gilberto.

Celebro a vida de todos os meus amigos: dos que aqui nominei e dos que, embora não nos tenhamos falado, estão, como todos, guardados em meu coração.

Um abraço carinhoso,

Rita Moraes




[1] Meu amigo-irmão Cassas, certa feita, disse-me o quanto gosta de cartões. Um prazer compartilhado igualmente por mim. Somos, com certeza, de outra época. (Gostei do teu telefonema de “parabéns”).

[2] Desde a época do Hospital Materno Infantil, no qual trabalhamos e desde meados de 2009 nos reencontramos e trabalhamos juntas, de novo. Hoje, sou assistente dela!



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