Um "cadinho" de mim

São Luís, Maranhão, Brazil
Rita Luna Moraes Assistente Social e Bacharel em Direito. Servidora pública federal aposentada.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Carta para um “novo” ano


Cada vez que iniciamos um ano esperamos que ele, verdadeiramente, seja novo.  

Pergunto-me como isso pode ser possível se somos os mesmos, se pouco ou quase nada mudamos: não há virada de ano que nos vire de ponta cabeça.
Não seria necessário que, para um novo ano, fôssemos, também, novos?

Longe de parecer pessimista ou realista extremada, reflito se o que desejamos na virada do ano não se distancia de nós a cada dia que passa. Nossos desejos de saúde, paz e felicidade tornam-se vazios diante de nossa inércia, esbarram em nosso distanciamento das ações concretas.

Pretendia escrever na virada do ano, mas observo que nesta época, especialmente, as pessoas se deslumbram com a magia das luzes e a ilusão dos presentes: assim, não seria ouvida.

Saio agora para refletir com as pessoas que conheço: o que ocorre conosco, a cada ano, que nos distanciamos mais e mais dos sentimentos verdadeiros e artificializamos a vida?
Parece-me, às vezes, que vale um certo faz-de-conta. Pouco nos valorizamos como seres que precisam um do outro.

De há algum tempo, penso que as pessoas que encontro no dia a dia se parecem mais com robôs do que com pessoas... Reproduzem mecanicamente práticas de convivência que vêm carregadas de sentimentos, a meu sentir, empobrecedores: dissimulação, intriga, discórdia, ciúme, falsidades, imposições, posses, enfim, o que costumo chamar de artificialidades, desprovidas de um real sentimento de valorização de si mesmo e do outro.

Recentemente, postei na seção deste blogue, aí ao lado, “Carpe Diem", em que expresso minhas ideias: Quanto mais me esforço, parece-me, às vezes, que menos compreendo o ser humano. Mas vou continuar me esforçando...
É este o meu sentimento de ano novo: continuar me esforçando pra compreender o ser humano, não necessariamente aceitá-lo como é, mas, refletindo diante da ação de cada um, para tornar-me melhor do que sou. Minha pretensão primeira é refletir sobre o mundo em que vivo e, ao lado das pessoas com quem convivo, alcançar dias melhores dos que vejo hoje.

Como sempre, são reflexões abertas ao diálogo. Compartilhar o que penso e o que vivo fazem parte de minha essência. Ouço de alguns que me exponho em demasia; de outros, que sou corajosa ao me expor. Vou me conduzindo como acredito que sou mais feliz: “pagando pra ver” o que é esse tal viver.

O ano será realmente novo se, e somente se, formos novos.

Desejo, então, a tod@s e todos que me honram com sua leitura: FELIZES SERES NOVOS!

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