Cada vez que iniciamos um ano
esperamos que ele, verdadeiramente, seja novo.
Pergunto-me como isso pode ser
possível se somos os mesmos, se pouco ou quase nada mudamos: não há virada de
ano que nos vire de ponta cabeça.
Não seria necessário que, para um
novo ano, fôssemos, também, novos?
Longe de parecer pessimista ou
realista extremada, reflito se o que desejamos na virada do ano não se
distancia de nós a cada dia que passa. Nossos desejos de saúde, paz e
felicidade tornam-se vazios diante de nossa inércia, esbarram em nosso
distanciamento das ações concretas.
Pretendia escrever na virada do
ano, mas observo que nesta época, especialmente, as pessoas se deslumbram com a
magia das luzes e a ilusão dos presentes: assim, não seria ouvida.
Saio agora para refletir com as pessoas
que conheço: o que ocorre conosco, a cada ano, que nos distanciamos mais e mais
dos sentimentos verdadeiros e artificializamos a vida?
Parece-me, às vezes, que vale um
certo faz-de-conta. Pouco nos valorizamos como seres que precisam um do outro.
De há algum tempo, penso que as
pessoas que encontro no dia a dia se parecem mais com robôs do que com
pessoas... Reproduzem mecanicamente
práticas de convivência que vêm carregadas de sentimentos, a meu sentir, empobrecedores:
dissimulação, intriga, discórdia, ciúme, falsidades, imposições, posses, enfim,
o que costumo chamar de artificialidades, desprovidas de um real sentimento de valorização
de si mesmo e do outro.
Recentemente, postei na seção deste blogue, aí ao lado, “Carpe Diem", em que expresso minhas ideias: Quanto mais
me esforço, parece-me, às vezes, que menos compreendo o ser humano. Mas vou
continuar me esforçando...
É este o meu sentimento de ano
novo: continuar me esforçando pra compreender o ser humano, não necessariamente
aceitá-lo como é, mas, refletindo diante da ação de cada um, para tornar-me
melhor do que sou. Minha pretensão primeira é refletir sobre o mundo em que
vivo e, ao lado das pessoas com quem convivo, alcançar dias melhores dos que
vejo hoje.
Como sempre, são reflexões
abertas ao diálogo. Compartilhar o que penso e o que vivo fazem parte de minha
essência. Ouço de alguns que me exponho em demasia; de outros, que sou corajosa
ao me expor. Vou me conduzindo como acredito que sou mais feliz: “pagando pra
ver” o que é esse tal viver.
O ano será realmente novo se, e
somente se, formos novos.
Desejo, então, a tod@s e todos
que me honram com sua leitura: FELIZES SERES NOVOS!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é sempre bem-vindo!
Sou favorável à liberdade de opinião.
Logo, não haverá censura!
Valemo-nos, sempre, do bom senso e da ética.