Queridos Rogerio e outros amigos,
No último dia do ano, soube da
tua partida há três semanas. Mas não vou traçar estas linhas pelo caminho da
morte e da tristeza. Não, esta notícia será fio condutor do que tenho refletido
e do que pretendo compartilhar no limiar de mais um ano em nossas
vidas.
“A vida que aproxima, também distancia” é meu primeiro “Carpe Diem” deste 2012.
Ainda no final de 2010, quando
vivia momentos de fortes transformações pessoais, mantinha comigo o desejo de
retomar aproximação com velhos e bons
amigos de outras vivências. Comprometi-me que em 2011 teria isto como uma
de minhas prioridades.
Saí, então, à cata deles.
Reencontrei muitos: alguns tive o prazer de rever; com outros, servi-me das
novas tecnologias - E-mail, Facebook e Google
– para reativar e reavivar a amizade.
A cada reencontro, uma grande
emoção. Pessoas que atravessam o nosso caminho trilham em nosso chão principal –
o coração – uma marca que nenhum tempo é capaz de apagar.
Dos amigos comuns a ti, caro Rogerio, (do nosso grupo na Igreja
Católica, nos tempos de tenra juventude) me reaproximei de Keila (a quem dirigi
uma Carta, aqui publicada, no dia de seu aniversário, em fevereiro de 2011, link: http://www.ritalunamoraes.blogspot.com/2011/02/carta-minha-amiga-keila.html),
Gilson e Helena (viúva de Cesar, precoce
e estupidamente retirado de nosso convívio). De quebra, ainda conheci Cesinha
(filho mais velho e que me chama de quase-madrinha - posto que perdi de bom grado
pra Keila) e Maria Flor, a linda filha de Gilson. Faltavam Nonato, Alex e tu.
Pretendia marcar um almoço em que
nos encontrássemos para um abraço e uma boa conversa. Já estava mobilizando... Na última quinta-feira
do ano, à saída do Cine Praia Grande, encontrei Gilson e voltei a falar em meu
propósito, a que ele reafirmou igual desejo. Farás falta com teu sorrido e
generosidade. Mas lá serás lembrado com carinho.
Também reencontrei minha querida
madrinha de Crisma e lá se foi tamanha emoção. Com ela, estive com alguns de
seus filhos e conversei via fone com minha grande amiga Lenice - outra da época
de juventude e que me fez escolher madrinha Raquel. (Vou marcar um almoço com todos eles e levar minha mãe - no Bar e
Restaurante Oásis, na Litorânea, que recomendo, especialmente, às sextas-feiras,
ao som de Lívia Amaral).
Abraçar minha linda filha Sofia, ao final do show do Jota Quest foi uma dádiva que
agradeço todos os dias. Já não a via há muitos anos. Eu que ajudei a cuidar
dela ainda bebê. Não mais a perco de vista, seja ao vivo, ao telefone
ou no facebook ou no twitter.
Dirigir à amiga Zaira a minha Carta
de Despedida como Assistente Social - no link: http://www.ritalunamoraes.blogspot.com/2011/05/carta-minha-amiga-zaira-uma-despedida-e.html
- representou uma celebração em que pude homenagear amigos muito queridos, dos
quais pude me reaproximar.
Frei Leonardo Boff, teólogo e
escritor, disse no twitter http://twitter.com/#!/LeonardoBoff
certo dia: “O cuidado é a essência do ser
humano”. Penso que devemos “cuidar bem” de nossas amizades. Buscá-las
quando distantes de nós. Cultivá-las quando perto. Alimentá-las pra que não se
percam. Nem sempre a vida que distancia permite isso. É preciso cuidar.
Reestreitar os laços afetivos,
fincados em outro momento, com as pessoas que marcam nossa vida, representou,
sem dúvida, o meu melhor presente neste ano que acabou de acabar.
Disse eu, recentemente, também na
seção “Carpe Diem” deste blogue: “Encontros e Despedidas, presentes que a vida
nos dá”. Se nos despedimos de alguns amigos e familiares neste ano passado –
seja porque morreram ou porque deles nos afastamos – e se fomos brindados com
encontros inestimáveis, ambos, que são presentes, servem de alimento a fecundar
nosso caminhar.
Não vou cansá-los nominando (cada
um sabe os encontros, reencontros e despedidas que tivemos). Saibam todos que
foram por mim intensamente vividos.
Certamente, hoje sinto que sou uma
pessoa melhor!
Axé por todo 2012!
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