"lugares onde o céu é largo
relativizam as dores para menos;
se debaixo do céu há água farta
colada a miúda areia vasta,
aí é que as dores apequenam-se maiormente,
como se transferidas para as amplitudes
das naturezas que vigiam nossos descaminhos;
as dores, no entanto,
não desaparecem simplesmente:
permanecem enraizadas, condoídas,
sem mais revoltas ou desesperamentos,
como pontos perdidos
no corpo da vida em desalinho,
à procura de um aterro".
(Pontos - Zeh Gustavo)
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